Quando o assunto é o aquecimento global logo vem à mente aquele calor insuportável fora de época. Esta sensação não deixa de ser produto das alterações climáticas desordenadas. Durante a década de 2000 foi possível perceber estas mudanças no aumento do índice de furacões, queimadas, enchentes e secas. As consequências do aquecimento englobam não só a natureza como a economia e agricultura.
Na natureza, a temperatura sofre constantes alterações desde que o efeito estufa não conseguiu dar conta do excesso de poluentes no ar e o buraco na camada de ozônio deixou a terra mais suscetível aos raios infravermelhos. Estes fatores não só aumentaram significativamente a temperatura de todos os países ao redor do mundo, como alteraram as atividades dos ecossistemas, conjunto de ambientes e seres vivos.
Uma pesquisa da Organização Meteorológica Mundial publicada em maio mostrou que 2012 está entre os nove anos mais quentes mensurados desde 1850. O estudo provou que dentre os locais mais quentes estão a América do Norte, Europa, Norte e Sul da África.
Este aumento de temperatura automaticamente provoca o degelo do Ártico e da Antártida. De acordo com informações da Agência Brasil, a cobertura das geleiras da região ártica bateu recorde entre agosto e setembro de 2012. Nesse período a região abrigava 3,4 milhões de quilômetros quadrados cobertos. Isso representa um decréscimo de 18% na comparação com mesmo período de 2007.
Segundo último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), os pesquisadores afirmaram que há 90% de certeza que a elevação da temperatura na Terra é provocada por intervenção humana.
A extinção da fauna é o resultado do aumento da temperatura e é visto principalmente no Ártico. Depois do derretimento da maioria da extensão das geleiras, muitos ursos polares e animais marinhos morreram. A alta temperatura prejudica o sistema imunológico desses animais acostumados a viver em ambientes gelados.
Na economia
As mudanças climáticas interferem no cenário econômico da pesca e turismo. Estudos do Instituto Ambiental de Estocolmo (SEI, sigla em inglês) reproduzidos no jornal O Globo apontam que o prejuízo das alterações no clima nestes setores pode ser de 2 trilhões de dólares até o final do século.
Para tal estimativa os pesquisadores consideraram um cenário no qual o aumento da temperatura terrestre seja de 4 graus até 2100. Os especialistas afirmam que se a proporção de lançamento de gases-estufa fosse diminuída para 2 graus a economia seria de 1,4 trilhões de dólares.
Os produtos agrícolas sofreram impacto econômico negativo nesta transformação. Dados previstos pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentos) afirmam que a segurança alimentar pode ser afetada nos seguintes termos: acesso, disponibilidade e estabilidade do suprimento. O derretimento das geleiras no Himalaia, por exemplo, compromete a estrutura das lavouras e dificulta o cultivo de hortaliças, leguminosas e outros alimentos.
Confira neste vídeo, produzido pela ONG WWF Brasil, como o governo, a população e as empresas podem ajudar a diminuir os efeitos das emissões no planeta, amenizando as consequências do aquecimento global: