O descarte de resíduos industriais é a principal fonte de contaminação dos rios com metais pesados. Alguns processos de produção, entre os quais das indústrias metalúrgicas, de tintas, de cloro e plástico PVC, utilizam estes metais que, quando lançados irregularmente nos esgotos, contaminam os cursos de água. Entre os principais elementos tóxicos despejados estão o mercúrio, chumbo, cádmio, arsênico, bário, cobre, cromo e zinco.
Além das atividades industriais, a incineração de lixo urbano também produz fumaças ricas em metais, principalmente mercúrio, chumbo e cádmio. Todos os metais resultantes destes processos podem ser solubilizados pela água, causando danos à saúde do homem e de animais, dado o potencial tóxico destes elementos.
O contato com estas substâncias – seja através da ingestão da água ou de peixes contaminados – pode provocar sérios problemas, como disfunções do sistema nervoso e aumento da incidência de câncer. Moradores de áreas contaminadas devem ser acompanhados por um longo tempo, uma vez que os sintomas destas doenças podem levar décadas para aparecer.
Nos organismos aquáticos, a ação tóxica dos metais pode causar a morte de espécies ou a bioacumulação, que potencializa o efeito nocivo das substâncias através das cadeias alimentares, colocando em risco a vida de animais que não estão diretamente ligados ao problema. Estes elementos também se depositam nos sedimentos dos oceanos, contaminando permanentemente a fauna e flora aquáticas.
E não são apenas os locais próximos a indústrias ou incineradores que estão suscetíveis à contaminação. Regiões distantes também podem ser afetadas devido à movimentação das massas de ar.
A descontaminação destas águas pode ser feita através de processos convencionais de tratamento térmico, químico e físico. Além destes, recentemente foi constatada, em pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), a eficácia da casca de banana no tratamento de águas poluídas.