Rio Amazonas
Rio Amazonas. Foto: aposada

Foi do frei Gaspar de Carvajal que veio o nome Amazonas. O espanhol, considerado o primeiro cronista europeu a viajar pelo rio durante a expedição de Francisco de Orellana, batizou o rio dessa forma devido à mitologia grega. Ele afirmou que sua embarcação foi atacada por mulheres que pretendiam escravizar os homens para procriar antes de matá-los. Na mitologia grega elas eram conhecidas como Amazonas.

Com quase 7 mil quilômetros, o Amazonas é o maior rio do mundo em extensão e volume de água. Devido a análises mais antigas, acreditava-se que o Rio Nilo era o mais extenso. No entanto, uma pesquisa realizada pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ANA (Agência Nacional de Águas) e representantes do IGN (Instituto Geográfico Nacional) encontrou mais um córrego pertencente ao rio: a “Quebrada Apacheta”.

O rio está presente em três países: Peru, Colômbia e Brasil. Já a sua bacia hidrográfica pertence, também, a Bolívia, Equador, Venezuela e Guiana. A presença em tantas nações faz com que o rio tenha vários nomes. Ele nasce como Vilcanota, passa por Uicaiali, Urubamba, Marañón e entra no Brasil como Solimões. Quando encontra com o rio Negro, próximo de Manaus, torna-se, finalmente, Amazonas.

É do encontro do rio Negro com o Solimões, aliás, que vem uma das maiores e mais bonitas imagens da natureza. Isso porque a coloração diferente entre os dois – o Negro é mais escuro e o Solimões possui águas claras – faz com que as águas corram lado a lado sem se misturar por uma extensão de mais de 6 km.

Rio Amazonas
Foto: brunors

Entre as belezas do Amazonas, há também a Pororoca, que consiste na formação de uma grande onda que percorre o rio por várias horas. Proveniente do encontro violento das águas do rio com o oceano Atlântico, a pororoca acontece principalmente no mês de outubro, período no qual o nível do rio está baixo e a maré alta.

As curiosidades sobre o rio Amazonas não param por aí. Estima-se que em um único dia, o Amazonas despeja no Oceano Atlântico mais água do que toda a vazão do Rio Tâmisa, em Londres, durante um ano inteiro. Além disso, o volume de terra que o rio joga no mar é tão grande que o litoral da Guiana Francesa e do Amapá vem crescendo, a mudança é visível em imagens de satélites.

Fauna do Amazonas

Ariranha
Ariranha. Foto: picssr

A bacia Amazônica conta com mais de 2.100 espécies de peixes, além de caranguejos, algas e tartarugas. Entre os animais, destaque para a ariranha (Pteronura brasiliensis), da família das lontras, e para a piranha, um peixe carnívoro que pode atacar animais e até seres humanos. De acordo com estudos, há aproximadamente 30 a 60 espécies de piranha na região.

Outra curiosidade do rio Amazonas é a forte presença da cobra sucuri nas águas. Considerada uma das maiores espécies do mundo, ela passa a maior parte de seu tempo na água, apenas com as narinas acima da superfície.