Onipresente em todo o planeta, a sacola plástica já foi considerada uma solução prática para o dia a dia. No entanto, com o avanço das pesquisas científicas, seu impacto ambiental se tornou evidente. Conheça a história dessa embalagem que passou de queridinha a inimiga número um do meio ambiente.
Os primórdios da sacola plástica
A origem da sacola plástica remonta ao século 20, mais especificamente a 1933. Nesse ano, o polietileno, material usado em sua fabricação, foi criado acidentalmente em uma fábrica na Inglaterra.
Inicialmente, o polietileno foi utilizado em segredo pelos militares britânicos durante a Segunda Guerra Mundial. Mas foi só em 1965 que o engenheiro Sten Gustaf Thulin projetou e patenteou o saco de polietileno de peça única, similar às sacolas plásticas que conhecemos hoje.
A popularização mundial
A partir da década de 1970, as sacolas plásticas começaram a ganhar o mundo. Sua introdução nos Estados Unidos, em 1979, gerou amplos debates entre os consumidores, que relutavam em abandonar as tradicionais sacolas de papel.
Já naquela época, um artigo do jornal Los Angeles Times levantava preocupações sobre o impacto ambiental do plástico no planeta. Mas isso não impediu que as sacolas plásticas se tornassem cada vez mais populares e presentes no cotidiano das pessoas.
O despertar para os efeitos ambientais
Com o avanço das pesquisas científicas, os efeitos nocivos das sacolas plásticas ficaram mais evidentes. Em 1997, o marinheiro e pesquisador Charles Moore alertou sobre a mancha de lixo no oceano Pacífico, onde enormes quantidades de detritos plásticos se acumulam e ameaçam a vida marinha.
Outros estudos mostraram que as sacolas plásticas entopem sistemas de drenagem, causando problemas durante enchentes, e que microplásticos são encontrados até mesmo na corrente sanguínea de seres vivos.
A era das restrições
Diante dessas constatações, países começaram a adotar medidas para limitar o uso das sacolas plásticas. Bangladesh foi a primeira nação a proibi-las, no início do século 21.
Na América Latina, Antígua e Barbuda saiu na frente, banindo as sacolas plásticas em 2016. Grandes cidades como Cidade do México, Buenos Aires e São Paulo também passaram a restringir o fornecimento de sacolas não biodegradáveis em lojas.
Chile e Colômbia foram além, com leis nacionais para proibir ou limitar drasticamente os plásticos de uso único, incluindo as temidas sacolinhas.
Rumo a um futuro sem sacolas plásticas
Essas iniciativas têm se multiplicado em todo o mundo. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em 2018, 127 dos 192 países pesquisados já haviam promulgado alguma legislação para lidar com os problemas associados às sacolas plásticas.
No Dia Internacional Sem Sacolas Plásticas, celebrado anualmente em 3 de julho, fica o convite para refletirmos sobre o uso desse item tão comum, porém tão prejudicial ao meio ambiente. Que tal aderir ao movimento e dar preferência a alternativas reutilizáveis e sustentáveis? O planeta agradece!
Com informações de: National Geographic