Stockphoto.com / Phototreat Mancha de óleo está a 700 quilômetros de distância do Brasil.

Há pouco mais de um mês, acontecia o primeiro vazamento de óleo na região de Loreto, que atingiria a Imaza, na Amazônia peruana. Alguns dias depois, o segundo alerta indicava que um novo derramamento havia atingido também ao distrito de Morona. E, por conta do agravamento dos riscos, o governo peruano decretou estado de emergência em 16 comunidades da floresta amazônica, no dia 28 de fevereiro.

De acordo com as autoridades do Peru, o país iniciou uma força tarefa com duração de 60 dias para perfazer toda a operação de limpeza dos rios e suporte para as comunidades atingidas pelo derramamento de óleo.

Segundo informações confirmadas pelo governo, os vazamentos aconteceram em algumas partes de um oleoduto construído na década de 70, pela companhia estatal PetroPeru, e que se distribui pela floresta amazônica, montanhas dos Andes, entre outros pontos. Conforme apuração de especialistas ambientais, todo o ocorrido foi ocasionado pela deterioração da infraestrutura, o que gerou cerca de 3,6 milhões de dólares em multa para a PetroPeru pela falta de manutenção nos equipamentos.

Ainda que o vazamento tenha prejudicado a vida de muitas famílias que dependiam desta fonte de água potável – que agora está contaminada – para sobreviver, a assessoria de imprensa do Ibama confirmou que a mancha de óleo está localizada a 700 quilômetros de distância do Brasil e por isso o país não corre risco de ser atingido pelo problema. Um grupo peruano defensor dos direitos indígenas, comunidade que mais tem sofrido com o problema, reportou que 11 vazamentos de óleo já prejudicaram as pessoas que habitam na região amazônica do Peru.