As fazendas urbanas surgiram da união de agregar espaços de concreto, como edifícios, com as áreas verdes voltadas para a produção agrícola. A iniciativa é defendida por muitos especialistas e já ganhou adeptos ao redor do mundo.
O conceito de fazenda urbana ainda é muito recente no Brasil e está em crescimento, comparado a lugares em que essa prática já está em desenvolvimento, como nos Estados Unidos e Canadá. Ao contrário de países localizados na América do Norte e na Europa, aqui no País há o predomínio de hortas comunitárias, iniciativas que já são muito difundidas no exterior há algum tempo.
Fazendas urbanas ao redor do mundo
A cidade de Nova York, nos Estados Unidos, é uma das que já aderiram ao conceito de fazendas urbanas. Por lá, é possível encontrar plantações de tomates, criação de galinhas e peixes em meio à vida urbana. Uma das iniciativas na cidade está localizada no bairro do Bronx, em um espaço cedido pela prefeitura para que a fazenda urbana fosse instalada de maneira colaborativa.
Em 2014, a empresa Hantz Farms comprou 1.450 lotes e irá demolir 50 casas interditadas pela prefeitura de Detroit, também nos Estados Unidos. No local, será plantado um pomar com aproximadamente 15 mil árvores. A iniciativa promete ser a maior fazenda urbana do mundo.
Enquanto esse projeto não sai do papel, a cidade de Vancouver, no Canadá, ocupa o topo do ranking de maior fazenda urbana do planeta. A Sole Food consegue suprir a demanda de vários restaurantes e mercados locais ao produzir 60 toneladas de comida por ano, além de criar empregos para ex-viciados e deficientes mentais que vivem na região.
Londres, na Inglaterra, também aderiu às fazendas urbanas. Além disso, a cidade criou uma solução inovadora para combater a falta de espaço para implantar iniciativas como essa. O projeto Food in the Sky viabilizou a implantação de hortas e pomares no topo de prédios da cidade. Para isso, mais de 3 milhões de metros quadrados sem utilidade deram espaço para a produção de alimentos.
Dragonfly: edifício fazenda urbana vertical
O arquiteto belga Vincent Callebaut é mais ambicioso quando se fala em fazenda urbana. Um de seus projetos é o Dragonfly, um edifício composto por duas torres que formariam uma imensa fazenda urbana vertical em Roosevelt Island, em Nova York, nos Estados Unidos.
A obra lembra uma asa de vidro de uma libélula gigante e teria uma estrutura voltada para a produção de gado, laticínios, granjas, pomares e campos de arroz. Tudo isso estaria integrado a escritórios e apartamentos.
Além disso, o projeto prevê a geração de energia solar, eólica e a retenção de calor no inverno. A água da chuva seria reaproveitada ao misturar fertilizantes orgânicos para servir de alimento para a vegetação.