Não é de hoje que sabemos o quanto as ações do homem modificam o meio ambiente, levando-o à destruição e a modificações irreversíveis. Exemplo disso é um estudo da Universidade de Valência, divulgado em agosto deste ano, que mostra a floresta amazônica se debilitando devido ao estresse térmico em situações como a seca.
A floresta amazônica representa cerca de 50% das florestas tropicais do mundo, qualquer mudança nela pode afetar a concentração de CO2 na atmosfera e contribuir na mudança climática global. Segundo pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE), em cinco anos o número de queimadas no Brasil cresceu 53%. Clima seco e expansão agropecuária estão entre os principais motivos.
Outra que sofre com a degradação ambiental é a Mata Atlântica. O Ministério do Meio Ambiente estima que restam apenas 7% do território original deste bioma no Brasil. O país, aliás, é o campeão de perda de área verde no mundo, foram 55,3 milhões de hectares perdidos entre 1999 e 2010, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
No ranking mundial, a Indonésia aparece em segundo lugar, com 24,1 milhões de hectares de área verde, entre 1990 e 2010, cujos principais motivos são a extração ilegal de madeira e a demanda global por celulose e óleo de palma. Em terceiro a Nigéria, que perdeu 8,1 milhões de hectares no mesmo período, devido à madeireiras ilegais, à agricultura de subsistência, exploração de petróleo e a extração de linha, dentre outros. Na quarta e quinta posição estão Tanzânia e Mianmar, respectivamente.
A exploração de recursos não renováveis, extração ilegal de madeira e agricultura figuram como os principais fatores que modificam o meio ambiente. Expandir a produção ecologicamente correta e priorizar o uso de matérias-primas renováveis é um desafio mundial que está na pauta de discussões, mas que ainda não apresenta resultados robustos disso na prática.