Os quatro oceanos existentes no planeta, sendo eles Pacífico, Índico, Atlântico e Ártico, são responsáveis por cobrir 70% da superfície terrestre, somam 97% da água do planeta e concentram um número imenso de espécies de animais marinhos. Embora seja contentora de toda esta riqueza, eles não tem muito o que comemorar no próximo dia 08 de junho, dia Mundial dos Oceanos, pois são alvo das conseqüências das mudanças climáticas e aquecimento global.
De acordo com o oceanólogo José Luiz Azevedo, coordenador do curso de Oceanologia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), a proteção dos oceanos é preocupante para a sobrevivência da espécie humana.
Segundo Azevedo, os oceanos têm uma grande importância na ecologia, na economia, política e em âmbito sociocultural. Os oceanos são fundamentais para o abastecimento da grande parte da população que vive na região costeira.
Mas toda esta beleza já vem sendo ameaçada há centenas de anos. Na costa brasileira, por exemplo, a acidificação da água do mar, provocada pelo excesso de dióxido de carbono na atmosfera (e sua absorção pelas águas), tem provocado a morte de corais.
Além disso, o nível dos oceanos está comprometido. Segundo declaração dos cientistas da NASA no mês de maio, devido ao aumento da temperatura das águas dos oceanos, as geleiras estão derretendo. E o pior, este processo não tem mais volta. O fenômeno ocorre com freqüência no mar de Amundsen no oeste da Antártida, onde os 182 mil quilômetros de gelo estão derretendo rapidamente.
Azevedo explica que a preocupação com licenças ambientais para empresas que atuam na costa brasileira também aumentou nos últimos anos. Além disso, o fundo dos oceanos poderá ser a principal fonte de areia para a construção civil nos próximos anos no país.
No entanto, para que encontrar as soluções imediatas e facilitar as licenças ambientais que atuam na costa do Brasil, segundo o oceanologista, é necessário haver investimento em pesquisas específicas. Por isso foi criado o no final de maio o Instituto Nacional de Pesquisa Oceanográfia e Hidroviária, que reunirá ao todo, 4 centros de pesquisa: Centro de Oceanografia do Atlântico Sul, Centro de Portos e Hidrovias, Centro de Pesquisa Marinha em Pesca e Aquicultura e Centro de Oceanografia do Atlântico Tropical.