Lobo guará 2
Lobo-guará. Foto: anda.jor

Dia 11 de setembro é mais um dia que a natureza comemora a existência do segundo maior bioma brasileiro. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o cerrado é disposto em 2.036.448 quilômetros quadrados que se estende pelos estados de Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, com maior porção no Distrito Federal e Goiás, que corresponde a aproximadamente 97% da área. Toda imensidão de vegetação é o habitat de diversos seres vivos que correm o risco de desaparecer devido a práticas ambientais.

A região abriga 11.627 espécies de plantas nativas, 199 espécies de mamíferos e 837 aves. Peixes são representados por 1.200 tipos diferentes e répteis são mais de 180. Dentre os principais animais ameaçados estão alguns mamíferos como a onça suçuarana (Puma concolor capricorniensis), lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), cachorro-do-mato-vinagre (Speothos venaticus), gato-maracajá (Leopardus wiedii), cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) e ainda aves como jacu-de-barriga-castanha (Penélope ochrogaster).

O mamífero que raramente é visto pelo cerrado da região de Goiás é a pequena raposa-do-campo (Lycalopex vetulus), confundida muitas vezes com o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), segundo informações do Programa de Conservação Mamíferos do Cerrado.

Confira nossa galeria com os principais animais ameaçados de extinção no Cerrado:

Diversos tipos de plantas e árvores precisam receber maior atenção quanto à preservação no Cerrado, que também se estende pelo interior do estado de São Paulo. Na região de Pirassununga espécies como a araticum, pimenta-de-macaco, pau-terra amarelo, laranjinha-do-cerrado e barbatimão estão ameaçadas a desaparecer. Estudos feitos em 2012 revelam que a área restante do Cerrado nesta região era de apenas 0,84%, menos que os 14% que já possuiu.

Ameaças

Os motivos que levaram as espécies a desaparecerem e a própria vegetação ficar escassa, vem principalmente da intervenção humana. Agricultura sem planejamento e desmatamento para pastagem de gados da agropecuária estão entre os principais agravantes.

pimenta-de-macaco
Foto: mercadanteweb

Outros motivos também levam à destruição da vegetação nativa. A questão da ampla margem legal para o desflorestamento concede o direito aos agricultores de derrubar 80% da mata das suas propriedades rurais, extração ilegal de madeira e carvão assolam a vegetação brasileira.

Para amenizar os impactos, de um lado as ONG’s exercem o papel de guardas florestais para evitar a caça ilegal de animais e preservação de vegetais, do outro, um código florestal que em tese deveria beneficiar a natureza, dispõem de diretrizes que beneficiam ainda mais o setor agropecuário. A saída para a preservação pode ser a criação de políticas para benefício dos dois setores, o de desenvolvimento e o de gestão das áreas ameaçadas.