Com 640 mil toneladas de equipamentos de pesca jogados no oceano, milhares de animais marinhos são mortos por dia somente no Brasil.
Também conhecida como Ghost Fishing em inglês, a pesca fantasma se dá quando materiais de pesca, provenientes do descarte incorreto, presentes no mar prejudicam a vida aquática. Presos em redes de pesca, linhas, anzóis e outras armadilhas, os animais marinhos são feridos, mutilados e até mortos de forma dolorosa, já que não contam com a ajuda humana para se livrarem dos materiais.
Além disso, esse tipo de armadilha presente nos oceanos atinge animais ameaçados de extinção como baleias, focas, peixes, tartarugas e golfinhos. Aliás, estima-se que apenas no Brasil, aproximadamente, 69 mil animais são afetados por dia.
Oceano prejudicado
Apesar de levar em seu nome a prática da “pesca”, os resíduos esquecidos no mar afetam os estoques de pesqueiros e ainda atraem demais animais para a armadilha, já que muitos peixes costumam se alimentar de espécies menores.
Além disso, a pesca fantasma é uma geradora de micro resíduos que poluem o oceano e afetam ainda mais a vida marinha, já que são mais difíceis de serem recolhidos e reciclados e, se tornam invisíveis por serem muito pequenos.
Aliás, esses micro resíduos presentes no oceano podem ser prejudiciais até para o ser humano, pois, o consumo de frutos do mar pode gerar a ingestão de 11 mil pedaços de micro resíduos por ano.
Como solucionar a pesca fantasma
Para que a pesca no mar por meio de resíduos não aconteça, existem ações de ONGs e voluntários que retiram as redes de pesca e outros equipamentos abandonados no mar. Além disso, há instituições que removem as armadilhas pesqueiras dos oceanos e reciclam o material.
Além disso, o vegetarianismo é um estilo de vida que tem ajudado bastante a combater a pesca ilegal e fantasma. Isso porque, 70% da população está reduzindo o consumo de carne por meio de dietas à base de grãos, frutas e legumes sem agrotóxicos.