Cuidar do meio ambiente é uma responsabilidade de todos — desde os cidadãos comuns até as grandes empresas, indústrias e marcas. Isso porque a população produz uma enorme quantidade de resíduos sólidos, e isso impacta no planeta da pior forma possível, causando diversos danos e transtornos ao meio ambiente.
Para minimizar esse quadro, é essencial que existam técnicas e métodos que ajudem a reduzir o efeito desses resíduos ou permitam transformá-los em algo novamente útil para as pessoas. Conforme o tempo passa, mais ideias vão surgindo para inovar o reaproveitamento e o descarte correto de resíduos. É o caso, por exemplo, do coprocessamento.
O que é coprocessamento?
O coprocessamento é a integração de dois processos distintos, mas colaborativos: a queima de resíduos sólidos provenientes de indústrias (que, de outra forma, seriam descartados em aterros sanitários) e a fabricação de produtos que precisam de altas temperaturas durante alguma etapa de sua produção. Às vezes, é utilizado também o termo “coincineração”, quando a queima de resíduo tem como objetivo a geração de energia e não alguma produção.
Vale lembrar que essa técnica vale tanto para resíduos, quanto para rejeitos — que são um tipo específico de resíduo, que não pode ser reaproveitado por já estar no final de sua vida útil. Nesse caso, os rejeitos devem ter uma destinação correta em aterros, ser incinerados ou ser levados para o coprocessamento. De qualquer forma, os rejeitos serão incinerados, mas sua queima será útil para um novo ciclo produtivo.
No geral, o coprocessamento ocorre na indústria de cimento. Por si só, a fabricação de cimento é prejudicial ao meio ambiente, ainda que seja necessária para o crescimento das cidades. Como o processo usa muitos combustíveis fósseis, ele é responsável por aproximadamente 5% das emissões de CO2 em escala mundial. Esse impacto, bem como tantos outros causados por processos industriais, pode ser diminuído por meio do coprocessamento.
Vantagens ambientais do coprocessamento
Redução de danos passivos
Como os resíduos são completamente destruídos no coprocessamento, os riscos de danos passivos são reduzidos. Se fossem descartados em locais impróprios, poderiam contaminar o solo ou a água.
Aproveitamento do calor
O calor do resíduo e do processo de queima poderá ser usado para a geração de energia térmica.
Menos custos
A indústria de cimento economiza significativamente com o coprocessamento, assim como qualquer outro segmento que o utilize. Isso porque o uso de resíduos como matéria-prima e/ou como combustível faz com que os gastos com esses fatores diminuam.
É mais seguro
Muitos resíduos perigosos só podem ir para o coprocessamento, já que qualquer outra destinação causaria algum tipo de impacto ambiental. Neste processo, entretanto, os resíduos são realmente destruídos por completo ou incorporados no cimento de maneira que não gerem cinzas ou afetem o meio ambiente, nem a saúde humana.
Ajuda os aterros
Com os resíduos indo para coprocessamento, diminui-se a quantidade que vai para aterros sanitários. Isso ajuda os aterros, que já suportam enormes cargas de lixo, e aumenta sua vida útil.
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