Embora nem sempre pensemos assim, um ambiente agrícola é, também, um ecossistema. Além das diversas formas de vida que o habitam especificamente, gerando o equilíbrio ecológico necessário para o sucesso da produção, todos os ecossistemas ao redor da zona de produção agrícola fazem parte de uma complexa teia de inter-relações.
Agroecossistema é exatamente a interpretação, avaliação e manejo dos sistemas agrícolas, levando em conta todos os fatores citados acima. Trata-se de um olhar mais amplo, no qual não apenas a produção é focada, mas, principalmente, a relação da área plantada com todos os agentes naturais de sua região, incluindo aí a fauna e a flora, além do solo, da água e, até, os micro-organismos.
Enxergando a zona agrícola como um agroecossistema, é possível determinar processos de obtenção e manutenção da produção a médio e longo prazo. A melhoria da qualidade do solo e a riqueza biológica do entorno – que tende a auxiliar em processos de polinização e manutenção da fecundidade do solo – podem surgir como cenários positivos obtidos a partir do manejo correto de todo o ecossistema.
É possível até prevenir a incidência de pragas de forma natural e ecossistêmica, evitando o uso excessivo de defensores agrícolas e diminuindo as chances de contaminação das áreas dos entorno. E a ideia central do agroecossistema é justamente essa: colocar em prática manejos que influam no sistema agrícola, gerando círculos virtuosos que favoreçam, efetivamente, o equilíbrio ambiental.