Recebem o nome de zonas mortas determinadas áreas dos oceanos onde os níveis de oxigênio sofreram queda e são, por isso, incapazes de sustentar uma vida marinha regular. As causas e consequências desse problema são inúmeras.
Essas regiões são, geralmente, sazonais e o processo é iniciado quando o nitrogênio proveniente de adubos e esgotos estimula o crescimento de algas que são dissolvidas por bactérias – estas consomem grandes quantidades de oxigênio, o que leva à falta do mesmo. Os baixos níveis matam peixes, ovas, larvas e crustáceos.
As zonas mortas, que também são conhecidas como áreas hipóxica, podem acontecer, ainda, devido à vinda da água doce de um rio para o mar, o que reduz o fluxo de oxigênio das águas de superfície ao nível mais profundo da água salgada. Isto acontece na ocorrência de grandes fluxos de água, como enchentes.
Além da ausência de vida marítima, essas regiões também enfrentam outro problema ecossistêmico: a dificuldade de recuperação de espécies sob proteção após um processo de pesca excessiva.
Zonas mortas no mundo
A quantidade de zonas mortas é relativamente pequena se em comparação à superfície total dos oceanos. De acordo com os dados da Environmental Graffiti, o Instituto Mundial de Recursos e o Instituto de Ciência Marinha da Virgínia identificaram mais de 530 zonas hipóxicas no mundo. Especialistas afirmam que elas representam uma porção importante das águas oceânicas.
Há alguns anos essas zonas eram vistas apenas em países mais industrializados, no entanto, já alcança os países em desenvolvimento, devido à mudança de hábitos alimentares, crescimento populacional e aumento na industrialização, que implica em um uso maior de fertilizantes e em mais lixo despejado nos cursos d’água.
Atualmente, a maior zona morta natural do mundo é o Mar Negro. A água que flui do Mar Negro para o Mediterrâneo é limitada pelo Estreito de Bósforo, causando a mistura de água doce e salgada próxima da superfície. De 150 a 2000 metros de profundidade, a água é totalmente sem oxigênio.