Por do sol
Foto: r7

A cada 11 anos o Sol passa por um período de intensas tempestades solares. Os astrônomos chamam essa fase de “máxima solar”. Em 2013 a estrela estava em seu período de máxima, por isso, a agência americana de estudos espaciais (Nasa), registrou um alto índice de erupções solares que deixaram a organização em alerta.

As tempestades solares ocorrem quando a superfície do Sol sofre erupções de calor. A energia liberada durante uma explosão viaja pelo espaço a incríveis velocidades, em grandes nuvens de plasma chamadas pela Nasa de “coronal mass ejection”.

As erupções solares ocorrem todo o tempo, porém com diferentes intensidades e em locais diferentes do Sol. Assim, muitas vezes são inofensivas ao nosso planeta pela distância e em outras pela intensidade, mas erupções de tempestades mais intensas podem realmente chegar a Terra.

Ao contrário do que imagina a maioria das pessoas, apesar de o Sol ser uma estrela incandescente, suas erupções nada têm a ver com um possível e repentino aumento da temperatura da Terra.

Caso uma “coronal mass ejection” chegasse ao nosso planeta, a nuvem se chocaria com o campo magnético da Terra e provocaria uma tempestade eletromagnética. Tal efeito poderia causar interferências nos satélites que transmitem sinais de GPS, de telefones, de internet e em todas as tecnologias de comunicação, na navegação por mar ou pelo ar, e na transmissão de eletricidade.

No passado, os períodos de máxima causaram blecautes, estouraram transformadores e causaram danos a fiações elétricas, porém, ainda se utilizava muito pouca tecnologia se compararmos aos dias atuais. As erupções solares de 2013 teriam consequências maiores caso a nuvem de energia chegasse a entrar em contato com nossa atmosfera.

Sol
Foto: bombeador

A boa notícia é que com as previsões astronômicas é possível prever a chegada da energia gerada durante uma erupção solar e, assim, prevenir alguns danos à população mundial e às estruturas que utilizamos por aqui. O Laboratório de Dinâmica Solar, aberto em 2010, envia imagens do Sol aos cientistas praticamente em tempo real.

Por outro lado, a mediação da intensidade de uma erupção a caminho do nosso planeta só pode ser feita a uma distância menor, quando atinge um aparelho da agência norte-americana chamado Explorador Avançado de Composição. Este equipamento mostra se a tempestade causará danos a Terra com cerca de uma hora de antecedência.