Publicado no dia 6 de abril na revista Nature, periódico científico norte-americano, o estudo “Greater ecosystem carbon in the Mojave Desert after ten years exposure to elevated CO2”, afirmou que regiões áridas são capazes de absorver grandes quantidades de dióxido de carbono da atmosfera. O documento é resultado de uma experiência de 10 anos de duração, realizada por pesquisadores da Universidade Estadual de Washington, e demonstra que é possível mensurar os níveis de CO2 armazenados pelos elementos pertencentes à natureza.
Após uma década de análises, a equipe de cientistas liderada pelo ecologista R. D. Evans expôs amostras de terras e plantas do deserto de Mojave, na Califórnia, a elevados níveis de CO2. Como metodologia, os estudiosos utilizaram índices de poluição semelhantes ao que está previsto para a região em 2050. Outra condição importante é o volume de pluviosidades, pois, áreas como a que foi escolhida recebem aproximadamente 25 centímetros de chuva por ano.
Em seguida, o material, coletado a um metro de profundidade do solo de Mojave, foi levado para exames. Deste modo, constatou-se um expressivo potencial para reter dióxido de carbono, fator que deve ser compartilhado por regiões que possuem características similares. Portanto, a partir da divulgação do artigo, a comunidade científica mundial poderá desenvolver formas para localizar as maiores concentrações de CO2 nos ecossistemas e evitar que as terras e os oceanos, por exemplo, sejam afetados pela poluição.