Não é um fato desconhecido que o plástico é um dos resíduos que mais contribui para a poluição do planeta. Copos, garrafas, embalagens, equipamentos diversos — ou seja, o plástico formatado nos mais diversos tipos de materiais — representam toneladas de lixo que são produzidas e depois descartadas de maneira incorreta no meio ambiente.
De acordo com estudo realizado pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), mais de 95% do lixo encontrado nas praias brasileiras é composto por matéria plástica. Segundo o documento, pelo menos 80% deste total de resíduos tem origem terrestre, o que responsabiliza, principalmente, a (falta de) gestão do lixo urbano e as atividades econômicas (indústria, comércio e serviços), além da responsabilidade individual de cada pessoa que descarta esses resíduos.
Em relação aos outros 20%, os pesquisadores explicam que a demanda é gerada por atividades marítimas (tais como pesca, mergulho com snorkel e turismo). Para chegar a esses números, o instituto tem trabalhado com o monitoramento de pelo menos 12 praias brasileiras desde 2012.
A pesquisa revela, ainda, a quantidade de lixo plástico descartado nas praias de todos os países a cada ano. No Brasil, são lançados entre 70 mil e 190 mil toneladas, enquanto China, Indonésia e Filipinas lideram o índice para descarte do material nos oceanos (com 3,5 milhões de toneladas de plástico geradas anualmente).
O objetivo do instituto é, com essa base de informações, orientar o setor industrial, empresarial e até mesmo a população, oferecendo dicas e sugestões para incentivar a conscientização e gerenciamento de material plástico. Desta forma, o IO-USP acredita que é possível diminuir consideravelmente a quantidade do material nas praias e oceanos para os próximos anos.
Confira a publicação na íntegra no site da IO-USP.
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