Existem mais espécies animais vivendo nos rios, mares e oceanos no mundo do que na superfície terrestre, sabia? Mesmo com um número muito superior e uma natural dificuldade de acesso de outras espécies ao fundo do mar, a ação prejudicial do homem pode ser notada em algumas espécies marinhas. Além da poluição infelizmente já comum de petróleo e lixo, outro fator tem preocupado especialistas… O protetor solar.
Em estudo publicado na revista Archives of Environmental Contamination and Toxicology, no último dia 20 de outubro, foi comprovado que uma substância química presente em mais de 3.500 produtos destinados à proteção solar, assim como em outros produtos de higiene pessoal, pode levar algumas espécies de corais à morte.
O nome é um pouco complicado, mas seus efeitos são sérios. A Oxybenzone (benzofenona-3 ou BP-3) causa uma deformação morfológica, danos ao DNA e ao sistema endócrino da espécie. Neste último caso, os corais se encapsulam e chegam à morte. Vale ressaltar que a substância entra em contato com a espécie devido à presença de mergulhadores que utilizam protetor solar e devido a águas residuais dos municípios e sistemas sépticos comuns nas regiões costeiras.
Sobre a pesquisa
Resultados publicados são de autoria de cientistas marinhos da Flórida, Virginia, Israel, do Aquário Nacional dos Estados Unidos e também da Administração Oceânica e Atmosfera Nacional, a NOAA. A pesquisa intitulada “Efeitos Toxicopathological do Protetor Solar Filtro UV, Oxybenzone no coral plântulas” chegou ao conhecimento público justamente após 15 dias do anúncio da NOAA sobre um cenário atual preocupante: o mundo enfrenta hoje o terceiro maior branqueamento de corais de todos os tempos.