Segundo maior bioma da América do Sul, o Cerrado ocupa 24% do território brasileiro, em uma área total de cerca de 2 milhões de km². Ele está presente no Distrito Federal e nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão, Bahia, Piauí, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
É caracterizado como a savana mais rica do mundo. Ao todo, 11.627 espécies de plantas nativas, 199 diferentes mamíferos e 837 exemplares distintos da avifauna habitam o bioma. Além disso, 1,2 mil espécies de peixes, 180 répteis e 150 anfíbios também compõem o cerrado.
Contudo em 2014, o dia nacional do Cerrado traz consigo um cenário pouco animador.
A seca enfrentada este ano muda a aparência do bioma e o transforma em um típico sertão nordestino. Com a intensificação do período sem chuvas, os incêndios florestais aumentam na mesma proporção em que a umidade relativa do ar diminui.
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 90% das queimadas nesta época do ano são causadas por atitudes humanas. Na maioria dos casos, decorrem do uso incorreto do fogo para a renovação de pastagens, da caça e de ações criminosas em represália à criação e gestão de unidades de conservação.
Apenas em junho deste ano, 395,16 hectares de vegetação foram consumidos pelo fogo – aumento de 77,8% em relação aos 222,23 hectares verificados em junho de 2013.
Porém, o problema não para apenas nas queimadas, os agricultores das áreas do Cerrado também têm sofrido com a escassez de chuvas. Um exemplo é a cidade de a Morada Nova de Minas, banhada pela represa de Três Marias, no Rio São Francisco. Segundo a Emater/MG, 60% das terras usadas na agricultura deixaram de ser cultivadas por causa da seca.
O problema ainda se estende por vários estados brasileiros, do interior de São Paulo, na cidade de Taquaritinga, até Goiás e Distrito Federal sofrem com a estiagem e suas graves conseqüências, tanto para o Cerrado, quanto para a economia local.