istock.com / Karl Spencer O furacão Harley destruiu uma área de mais de 480 quilômetros no Texas e deixou 60 vítimas fatais.

O ciclone tropical conhecido como Furacão Harvey chegou às terras do estado do Texas, Estados Unidos, no último dia 25 de agosto, desencadeando uma série de prejuízos para toda a população. O fenômeno de categoria 4, que corresponde a uma magnitude superior ao do furacão Sandy (2012) e equivalente ao Katrina (2005), tem preocupado os americanos (cidadãos e especialistas) com uma onda de estragos devastadores que parece não ter fim.

De acordo com o governador do estado, Greg Abbott, os danos causados pelo furacão Harvey estariam projetados entre 150 e 180 bilhões de dólares, superando de longe as contas dos eventos de 2005 e 2012. A estimativa aponta que, até o momento, 60 vítimas morreram em função do desastre e um total de um milhão de pessoas foram desabrigadas pela destruição causada em uma área de mais de 480 quilômetros.

Em entrevista à Fox News, o governador destacou a complexidade da situação, dizendo que “essa é uma longa estrada a percorrer se vamos reconstruir a quarta maior cidade dos Estados Unidos, bem como uma região geográfica inteira”. O presidente norte-americano, Donald Trump, já solicitou ao Congresso um valor inicial de 7,85 bilhões de dólares para ajudar na reconstrução do estado. A ação foi classificada como um “pagamento inicial” por Abbott.

Vale destacar, inclusive, que diversas personalidades públicas, moradores ou não do Texas, têm contribuído nas atividades de emergência e resgate de vítimas, além da comoção mundial que atingiu as redes sociais nos últimos dias para ajudar os texanos.

No entanto, o desdobramento do evento não atingiu somente as pessoas, e a Agência de Proteção Ambiental (EPA), que continua a investigar as consequências do ciclone, manifestou sua preocupação com pelo menos 13 locais Superfund, antigas zonas industriais com alto nível de contaminação, já que estes foram inundados e corriam o risco de espalhar toxinas.

Apesar do furacão Harvey ter registrado os maiores estragos dos últimos 50 anos, os especialistas acreditam que novos eventos não devem acontecer nos próximos dias. Ainda assim, as autoridades texanas permanecem com o estado de alerta decretado e não preveem uma data para que os cidadãos voltem a sua rotina comum.

Furacão Irma devasta ilhas do Caribe e deve causar estragos na Flórida

Outro fenômeno tropical tem deixado as autoridades da região com o sinal de alerta ligado e, nos próximos dias, deve registrar uma onda devastadora de eventos no estado da Flórida, último estado da parte sudeste do território norte-americano.

O furacão Irma, que é da categoria 5 (a maior na escala de potência), chegou ao Caribe nesta última quarta-feira, dia 6 de setembro, quando passou pelo norte de Porto Rico com ventos que atingiram uma velocidade de 295 quilômetros por hora. Ontem, dia 7, foi a vez da República Dominicana sofrer com as forças da tempestade, além de outras pequenas ilhas que também já sofrem com o Irma (Barbuda, Ilhas Virgens, São Martinho).

Os Estados Unidos se preparam para lidar com o impacto do furacão Irma a partir da noite do dia 9 (sábado), que é a data prevista pelos especialistas para que o ciclone chegue à costa americana. A população já está orientada a evitar a região, e os aeroportos locais estão se fechando para a chegada do Irma.

A imprensa internacional acredita que, até o momento, pelo menos 17 vítimas foram mortas pelas ações do fenômeno e mais de dois milhões de pessoas estão sem abrigo. Segundo as autoridades, o impacto do furacão mais forte já registrado no Atlântico deverá ser devastador nos EUA.