Preocupado com o tráfico de animais, durante os jogos Olímpicos 2016 a segurança dos voos internacionais vai ser intensificada. Conforme a ONG Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, no Brasil, aproximadamente 38 milhões de animais são retirados de seus habitats naturais anualmente.
Pensando nisso, o Ibama está aumentando o sistema de monitoramento e o número de agentes de fiscalização nos aeroportos, para ficar em cima dos mais de dois mil embarques e desembarques previstos durante as Olimpáadas do Rio. Além dos aeroportos, os portos do Rio, também serão monitorados.
Esse processo de fiscalização visa monitorar o ingresso e a saída de plantas, animais e substâncias que possam ameaçar o meio ambiente ou degradar a biodiversidade brasileira.
Dentre os alvos principais do Ibama estão traficantes de animais silvestres, circulação de substâncias químicas controladas pelo Instituto, transporte de exemplares da flora, além do porte de fragmentos de animais nativos protegidos, como ossos, quadros de borboletas, penas, dentes e muitos outros.
Em matéria publicada no site do Ministério do Meio Ambiente, Jair Schmitt, coordenador-geral de Fiscalização Ambiental do Ibama, ressalta: “Em um evento deste porte, com pessoas de 205 países, precisamos evitar prejuízos ao meio ambiente. Entre eles, destacam-se os danos à nossa fauna e flora, como a introdução de uma espécie exótica que possa ameaçar os ecossistemas e as espécies nativas, ou o tráfico da biodiversidade brasileira para uso em pesquisas ou mesmo para o desenvolvimento de produtos no exterior”.
É de extrema importância que os órgãos de proteção ambiental do país fiquem atentos aos possíveis danos ao nosso meio ambiente, afinal existem diversas redes sofisticadas de corrupção envolvendo o comércio ilegal de espécies ameaçadas de extinção.
A operação contra o tráfico de animais realizada pelo Ibama vai permanecer até setembro, quando terminam os Jogos Paralímpicos.