Com a chegada da frente fria, cenário característico deste período do ano, o outono, uma série de cuidados devem ser tomados para que novos problemas ambientais não sejam originados e, consequentemente, prejudiquem o clima e a própria população.
Responsáveis por causar alguns dos maiores acidentes ambientais na história do país, os incêndios (ou queimadas) em áreas rurais entram agora em uma época perigosa da temporada – na qual os riscos aumentam e suas consequências são potencializadas.
Em entrevista concebida à Rádio Nacional de Brasília, o comandante do Grupamento de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, Tenente Coronel Glauber Anderson Martins de La Fuente, falou sobre o problema, da importância em conscientizar toda população e como os habitantes de áreas rurais devem proceder quando presenciarem situações de risco.
O comandante explica que uma ação muito comum entre agricultores e produtores rurais é atear fogo em suas plantações com o objetivo de extinguir pragas e insetos, mas que nem sempre dá certo, já que não se dão conta dos perigos escondidos na atividade. Por muitas vezes, o descontrole do incêndio acontece e o fogo acaba se espalhando por outras áreas de preservação.
Como proceder em caso de incêndios
Segundo o bombeiro, para todos os casos em que se identifique um incêndio florestal, a primeira coisa a se fazer é entrar em contato com o corpo de bombeiros, para que os profissionais cheguem rapidamente ao local e evitem o alastramento do fogo e até uma possível tragédia maior. A criação de “aceiros” – isto é, um método de isolamento de área para impedir a propagação de incêndios – é também uma solução recomendada.
O grande impacto negativo gerado sob as condições e qualidade do ar é um dos principais riscos das queimadas. Principalmente nesta época do ano, as doenças respiratórias se beneficiam da vulnerabilidade do organismo e costumam causar algumas deficiências no sistema imunológico. Com os incêndios florestais a natureza é também prejudicada, desencadeando uma série de consequências para todos.
Para instrução dos agricultores e de toda população rural, o Tenente Coronel Glauber fala sobre o curso aplicado pelo corpo de bombeiros junto a algumas associações rurais, no qual os indivíduos são capacitados e aprendem sobre como proceder em situações de alerta. Também neste curso, o abanador (que, junto da mochila costal, é o equipamento mais eficiente para o combate e controle de pequenas ocorrências) é disponibilizado para todos os participantes.
Como forma de cautela e prevenção contra princípios de incêndios, Glauber pede que a população evite acumular lixo em locais inapropriados, mantenha a limpeza de áreas verdes (mesmo em espaços urbanos) e solicite aos órgãos responsáveis do município que façam o recolhimento destes materiais descartados.
A respeito das ações que vêm sendo tomadas pelo corpo de bombeiros para diminuição do número de ocorrências deste tipo, Glauber comenta sobre a Operação Verde Vivo, iniciada no mês 03 deste ano, e que até o fim de 2016 espera reduzir consideravelmente os danos causados por incêndios florestais.