Desde o dia 16 de outubro os bombeiros do estado de Nova Gales do Sul, na Austrália, combatem aproximadamente 70 focos de incêndio na região das Blue Mountains, dos quais 29 ainda estão sem controle. O desastre acontece próximo à cidade de Lithgow, no sudeste do país, onde milhares de pessoas foram orientadas a deixar suas casas, 200 residências foram destruídas pelo fogo e duas pessoas morreram.
Os incêndios já devastaram cerca de 120 mil hectares, causando um prejuízo de 110 milhões de dólares, de acordo com o Conselho de Seguradoras da Austrália. Para evitar que ocorram mais danos à sociedade e ao meio ambiente, foram reunidos mais de 3 mil bombeiros e 367 caminhões pipa para conter o fogo.
Assim como as chamas, as tragédias continuam a se espalhar. Mais de 100 moradores da área já abandonaram seus lares, porém, um homem de 63 anos foi vítima de um infarto fulminante enquanto tentava proteger sua propriedade, em Lake Munmorah. Enquanto, ventanias de 100 km/h possibilitam que o fogo se alastre com facilidade, aviões auxiliam no combate às chamas, porém um deles sofreu um acidente, caiu e ainda causou um novo foco de incêndio. O piloto, de 43 anos não resistiu e faleceu.
No domingo passado, foi declarado estado de atenção em Nova Gales do Sul e as cidades de Minmi e Gateshead estão sob alerta máximo. A origem das chamas é desconhecida, entretanto, à medida que bombeiros e membros do exército confirmam que houve exercícios militares com a utilização de bombas na região, o que pode ter gerado o fogo, há relatos de que crianças tenham iniciado um foco de incêndio.
O clima quente e de muito vento tem prejudicado a contenção das labaredas, causando o desastre florestal mais grave dos últimos 45 anos em território australiano. A meta é controlar as chamas imediatamente para que não alcancem estradas ligadas a cidades populosas como Newcastle e Sidney.