Os plásticos são um dos materiais de mais difícil decomposição pela natureza. Sacolas plásticas, por exemplo, levam cerca de 400 anos para passarem por esse processo. E uma larvinha de nome científico Tenebrio Molitor, também conhecida como “larva de farinha”, pode ser uma aliada na redução desse tipo de dano.
Além de consumir isopor, ela também é capaz de se alimentar de outros tipos de poliestirenos que até então não eram reconhecidos como biodegradáveis. Essas larvas possuem alguns micróbios em seus intestinos que convertem plástico em dióxido de carbono. Os resíduos que ainda ficam no organismo se transformam em excrementos biodegradáveis.
Importante descoberta
O estudo que avaliou o comportamento das larvas foi publicado na revista “Environmental Science and Technology”. O professor responsável pelo estudo, Craig Criddle, da Universidade de Stanford, apresentou um relatório que demonstrou que as larvas mantiveram um desenvolvimento saudável após o consumo dos plásticos.
A descoberta dos microorganismos que atuam nos insetos das larvas é muito importante, pois são eles a chave para o desenvolvimento de processos que possam recriar esses mecanismos em larga escala. O plástico é um produto ostensivamente utilizado em nossas sociedades e menos de 10% de seu total é reciclado.
O poliestireno serve de resina para a produção de inúmeros artigos como copos descartáveis, lacres de barris de chope e embalagens no geral. O isopor também é muito conhecido em nosso dia a dia e serve de isolante, além de estar presente em embalagens e inúmeros outros artigos.
As larvas apresentam uma possibilidade promissora de resolução desse grande problema. Que elas comam muitos plásticos e que as pesquisas que envolvem esses avanços consigam bons resultados!