Foi Charles Darwin quem primeiro ressaltou a importância das minhocas depois de estudar seus efeitos no solo. A presença delas melhora a porosidade e a aeração do terreno, aumentando a captação de nutrientes pelas plantas; aumenta também a vida biológica no local, com o desenvolvimento de bactérias e fungos fixadores do nitrogênio e proliferação dos microrganismos. Dessa forma, elas melhoram as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Embora estejam separadas em diversas espécies, uma delas em particular é responsável pela sustentabilidade na agricultura e tem sido bastante procurada por aquelas pessoas que tiram o sustento da terra.
As minhocas vermelhas foram utilizadas na recuperação de áreas áridas da Califórnia, onde conseguiram regenerá-las completamente. Por isso, hoje em dia elas são mais conhecidas como minhocas californianas ou minhocas vermelhas da Califórnia. Elas adaptam-se muito bem há várias regiões e climas, por isso são amplamente utilizadas na agricultura brasileira.
As minhocas penetram na terra e com seus movimentos remexem, arejam e descompactam o terreno, o que diminui a ocorrência de erosões. Contudo, a função principal conferida às minhocas vermelhas é ajudar na fertilização do solo com a produção de húmus, que nada mais é que suas fezes.
Após elas digerirem todo o material orgânico do solo, principalmente o esterco da vaca – seu alimento preferido –, ajudando na decomposição deste resíduo, elas produzem o húmus. Nele contém diversos nutrientes importantes para o solo, tornando-se um adubo natural e potente para a plantação.
Além disso, outro fator que faz com que elas sejam especiais é que elas se desenvolvem muito mais rápido em relação às outras espécies. A minhoca californiana também tem uma produção de húmus mais rápida que as demais.
As minhocas vermelhas são calmas e não se aprofundam muito no solo. O investimento inicial é bem baixo e a atividade não exige mão de obra especializada nem tratamento veterinário, além de trazer muitos benefícios para o meio ambiente.