A floresta Amazônica representa um terço das florestas tropicais do mundo. Contém mais da metade da biodiversidade mundial, ajuda a manter o equilíbrio climático com o processo de evaporação e transpiração das árvores, desempenha um papel imprescindível na manutenção de serviços ecológicos, funciona como grandes armazéns de carbono, dentre outros benefícios. Mas todo este paraíso segue ameaçado com as constantes degradações humanas que avançam, cada vez mais, desde os anos 1980.
De acordo com o último levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o desmatamento na Amazônia Legal, em junho de 2013, cresceu 437% em relação ao mesmo período do ano passado. O último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) também mostra que o desmatamento até o ano de 2010 chegou a 14,6% de todo o território amazônico.
No fim do ano passado o Imazon demonstrou a mais baixa taxa de desmate desde que o monitoramento começou, em 1988. No entanto, os números deste ano indicam uma tendência contrária. A pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) também mostrou uma alta significativa. Em maio de 2013 houve um aumento de 370% sobre maio do ano passado.
Nove estados brasileiros pertencem à Bacia Amazônica: Pará, Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Tocantins, parte do Mato Grosso e do Maranhão. A região onde a fronteira agrícola avança em direção à floresta é onde estão os maiores índices de desmatamento. São 500 mil km² de terras que vão do leste e sul do Pará em direção oeste, passando por Mato Grosso, Rondônia e Acre, chamadas de arco do desmatamento da Amazônia.
A região sul do Amazonas vem se consolidando como nova área de expansão da fronteira agropecuária. Os municípios Canutama, Manicoré, Boca do Acre, Apuí e Humaitá concentram as maiores áreas desmatadas. Exploração de madeira ilegal, castanheiras e seringueiras, além da criação de áreas de pastagens são os principais motivos que levam a essa degradação.