O óleo de xisto refinado possui as mesmas características e pode substituir o petróleo natural. Com ele é possível produzir gasolina, gás combustível e enxofre. Este líquido é originário de uma camada da rocha sedimentar do mesmo nome e retirado sob alta temperatura e pressão.
Existem dois tipos de xisto, o betuminoso, que possui matéria orgânica fluida sem seu meio; e o pirobetuminoso, que é mais sólido à temperatura ambiente. Quando explorados, ambos os tipos provocam impactos no meio ambiente, pois a extração do óleo de xisto é trabalhosa e extremamente poluente.
O petróleo de Xisto é obtido por meio da injeção de grandes quantidades de água e produtos químicos em alta pressão sobre a rocha, que libera hidrocarbonetos. O desperdício de água é alvo de críticas dos ambientalistas, principalmente nos Estados Unidos, que possui a maior reserva de xisto do mundo com imensas jazidas em locais extremamente áridos.
A extração de Xisto poderia gerar até quatro vezes mais petróleo do que as reservas naturais existentes na Terra, no entanto, sua retirada pode causar poluição hídrica, contaminando lençóis freáticos, rios e lagos; emissões de gases de enxofre e risco de combustão espontânea. A exploração do gás de Xisto é ainda mais perigosa.
Uma vez contaminado quimicamente o solo e a água, a fauna e flora local sofrerão graves consequências, como a morte e o afugentamento das espécies, causando desequilíbrio e um enorme impacto no meio ambiente.
O Brasil possui uma das maiores reservas do mineral e perde apenas para os Estados Unidos e seguido pela Estônia e China. A Petrobrás extrai até 7.800 toneladas de Xisto betuminoso por dia.
As reservas de Xisto brasileiras já exploradas e algumas reservas argentinas se encontram logo abaixo do Aquífero Guarani, a maior fonte de água doce do continente. A exploração nesses locais acarreta um grande risco de contaminação do aquífero, principalmente na retirada do gás de xisto.
A agência americana de pesquisas sobre os recursos naturais, estima que na região com mais reservas de Xisto do país, no Colorado, existam 1,52 trilhão de barris. Seria algo como a soma de todas as reservas de petróleo de todos os países da OPEP. De acordo com a agência, a quantidade de água com produtos químicos utilizada para a exploração dessa quantidade de mineral seria inimaginável.