Agricultura de subsistência
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Ban ki-monn, secretário geral das Nações Unidas e José Graziano da Silva, diretor geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), solicitaram que os governos mundiais apoiem pequenos agricultores familiares com o intuito de combater a fome, uma das diretrizes do Ano Internacional da Agricultura Familiar, celebrado em 2014. A mensagem foi transmitida por José Graziano no Fórum Global e na Expo sobre Agricultura Familiar que ocorre em Budapeste, na Hungria.

Para Ban ki-monn, os governos podem estimular esses agricultores, especialmente as mulheres e os jovens através de políticas que propiciem um desenvolvimento rural equitativo e sustentável. Isso inclui também uma melhor infraestrutura para reduzir a quantidade de alimentos que se perdem depois da colheita, quando os pequenos produtores são incapazes de armazenar, processar e transportar seus produtos.

O secretário-geral da ONU relatou que os agricultores familiares de pequena escala são particularmente vulneráveis aos impactos climáticos, como as condições meteorológicas extremas, as secas e também as inundações. Por isso é preciso um financiamento público e privado para proporcionar serviços financeiros vitais, como os seguros e crédito.

ONU investe em políticas para agricultura familiar

Agricultura
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De acordo com o diretor-geral da FAO, um estudo recente em 93 países constatou que as produções familiares representam mais de 90% de todas as produções agrícolas. Além disso, os agricultores familiares dirigem a maior parte das terras agrícolas do mundo, incluindo 63% na Europa e até 85% na Ásia.

“Além de produzir uma alta porcentagem dos alimentos que comemos, a agricultura familiar é a maior fonte de emprego no mundo”, destacou José Graziano, acrescentando que os pequenos agricultores são bons gestores e conservadores da biodiversidade agrícola e dos recursos naturais do planeta.

Para diretor geral da FAO é preciso formular políticas direcionadas para garantir o acesso à água, terra, fortalecer programas de pesquisas, ampliar investimento público em infraestrutura rural, além de estabelecer em lei um salário mínimo.

Combate à grilagem de terras

José Graziano alertou que irá estabelecer métodos de prevenção à grilagem de terras, invasão inapropriada de território por parte de agricultores sem documentação devida, problema enfrentado há décadas por proprietários rurais.

“Existem grandes investidores do setor privado, na agricultura e eles continuarão, nós gostando ou não”, explicou José Graziano. “Sendo assim é muito importante que haja um entendimento comum sobre como investir em formas que sejam sustentáveis e protejam os direitos dos agricultores familiares e as comunidades pobres.”

Ele ainda relatou que as diretrizes voluntárias sobre a governança responsável da posse de terra, aprovadas pelo Comitê de Segurança Mundial e os princípios sobre Investimentos Agrícolas Responsáveis – atualmente em fase de negociação – são ferramentas importantes para manter as ameaças sob controle e ajudar a gerir a questão.

*Com informações da ONU

Agricultura familiar
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