A utilização de agrotóxicos é bem discutida por serem produtos que facilitam o crescimento e cultivo de diversas espécies de plantas, porém, suas substâncias se ingeridas de forma exagerada, podem causar gravíssimos problemas de saúde nas pessoas.
Também conhecidos como defensivos agrícolas, pesticidas, praguicidas, desinfestantes, biocidas, agroquímicos, produtos fitofarmacêuticos ou ainda fitossanitários, os agrotóxicos são produtos constituídos de uma mistura de substâncias que têm a finalidade de impedir a ação ou eliminar insetos, ácaros, moluscos, roedores, fungos, ervas daninhas, bactérias e outras formas de vida prejudiciais à agricultura.
Ou seja, eles combatem as pragas em culturas agrícolas tanto na produção da lavoura, quanto no armazenamento, transporte, distribuição e transformação de produtos agrícolas e derivados.
O local que possuir o uso excessivo de agrotóxicos sofre danos ambientais, além oferecer grande perigo às pessoas. Por isso, sua utilização é controlada e regulamentada pelo governo da maioria dos países.
Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), existem aproximadamente 15 mil formulações para 400 agrotóxicos diferentes, sendo que cerca de 8 mil encontram-se licenciadas no Brasil, que é o maior consumidor de agrotóxicos no mundo.
Antigamente, o uso dos agrotóxicos era feito sem muitos cuidados, o BHC – conhecido como um dos piores poluentes da história –, por exemplo, um tipo de organoclorado que pode resistir na natureza e no organismo humano por mais de 30 anos, era muito utilizado. Outro composto parecido é o DDT, utilizado em dedetizações.
Não é mais possível encontrá-los no mercado, e sua posse, transporte e uso são crimes previstos em lei com punição de multa, cadeia e destruição das lavouras onde tenham sido usados.
A principal desvantagem do uso incorreto de agrotóxicos é o desequilíbrio ambiental que ele pode causar na região e em seu ecossistema. Eles podem atingir organismos vivos que não são prejudiciais à lavoura e extinguir determinadas espécies fundamentais para o equilíbrio da região ambiental.
Os agrotóxicos são classificados no Brasil através de quatro classes que vão de “extremamente perigosos” para “muito pouco perigosos”. Sendo os pertencentes a os extremamente perigosos (Classe I) proibidos ou estritamente controlados.
Segundo a ANVISA, o uso intenso de agrotóxicos levou à degradação de longa duração dos recursos naturais – solo, água, flora e fauna –, irreversível em alguns casos, levando a desequilíbrios biológicos e ecológicos.