Considerado o segundo maior bioma do Brasil, o Cerrado corresponde a aproximadamente 22% do território nacional, se espalhando por oito estado diferentes: Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e Distrito Federal. A região possui uma abundante biodiversidade de fauna e flora, o que torna o local conhecido como “a savana mais rica do mundo”, abrigando 11 mil espécies de planas nativas, 320 mil espécies de animais e 90 mil espécies de insetos.
Apesar de seu tamanho e importância, o Cerrado é um dos biomas menos protegidos atualmente, além de ser o que mais sofre com as alterações ambientais causadas pelas ações humanas. Desmatamento, caça ilegal, queimadas e atividades econômicas (como garimpo, monocultura, agricultura e pecuária) estão entre os principais causadores da degradação do Cerrado.
De acordo com a ONG World Wide Fund for Nature (WWF-Brasil), cerca de 80% da região foi modificada pelo homem para expansão agropecuária, urbana e construção de estradas. Dessa porcentagem, 40% possuem conservadas parcialmente suas características antigas, e os outros 40% já se degradaram totalmente. Somente 19,15% da vegetação se encontra em bom estado.
Com esses números, estima-se que em 30 anos já não exista mais o Cerrado brasileiro. O processo de degradação do Cerrado coloca em risco não apenas a fauna e a flora, mas também os recursos hídricos e naturais da região.
Impactos ambientais causados pela degradação do Cerrado
- Aumento das emissões dos gases de efeito estufa;
- Aumento das queimadas;
- Extinção de diversas espécies de plantas e animais;
- Mudanças climáticas (seca);
- Contaminação dos rios;
- Contaminação do solo e da água;
- Erosão;
- Esgotamento dos recursos naturais.
Principais medidas para proteção do Cerrado
O Ministério do Meio Ambiente está trabalhando incansavelmente para desenvolver medidas para minimizar ou eliminar esse grave problema quem vem acometendo o Cerrado. Em 2003, foi lançado o Grupo de Trabalho do Bioma Cerrado, a fim de elaborar algumas propostas e medidas para a conservação, proteção e o uso sustentável do bioma. Veja abaixo algumas das propostas apresentadas:
- Criação de unidades de conservação federais e estaduais;
- Monitoramento e fiscalização do bioma;
- Apoio a projetos sustentáveis em assentamentos da reforma agrária;
- Prevenção e combate aos incêndios florestais;
- Criação de planos de recursos hídricos para a preservação das bacias hidrográficas;
- Uso sustentável dos recursos naturais.