A relação humana com os animais é próxima e tem como base a companhia, afetividade, carinho e amor. No entanto, as reações impiedosas por parte de alguns coloca em dúvida o respeito do homem com o animal, dividindo opiniões.
Os casos de problemas no relacionamento não são poucos. Enquanto alguns são tratados como reis, outros sofrem ao ser abandonados nas ruas, seja por falta de condição ou de compaixão. Há muitos, também, que são tratados de maneira cruel e circense.
As constantes denúncias de maus tratos aos animais em pet shops assustam associações e donos de animais. Casos como retirada de rabo, olhos e, até mesmo, morte, estão cada vez mais comuns e presentes em vídeos e notícias.
Os pet shops também são conhecidos pela venda de animais de estimação. A busca desenfreada por raças com pedigree, um atestado de pureza da raça, faz com que muitas lojas trabalhem com cães que carreguem a carga genética de duas raças distintas, também conhecidos como híbridos.
Esses animais possuem um valor superior ao de um cão normal, o que faz com que as lojas invistam na área e contratem responsáveis para fazer essa miscigenação. Alguns lugares também trabalham sob encomenda e contam com especialistas conhecidos como designer de cães.
O que muitos não sabem – ou se esquecem – é que essa mistura pode se tornar um problema a longo prazo. Isso porque ao cruzar as duas raças há um conflito de genes, o que pode alterar o comportamento do animal. Ou seja, mesmo que as duas raças sejam “calmas”, o animal “final” pode ter um temperamento forte, estranho e perigoso.
Além disso, o ato da venda é condenado por muitas associações que buscam garantir o direito das espécies e lutam contra os maus tratos a animais. Isso porque, há uma grande quantidade de animais abandonados e a melhor saída para isso seria a adoção.
Associações e governo
Para combater os problemas, as associações e partes do governo lutam pela imposição de regras e leis que visam a redução dos maus tratos em pet shops. Apesar da legislação nacional não ser suficientemente abrangente nesses casos, algumas providências já foram tomadas.
Em abril, uma proposta de lei de autoria do vereador Marcell Moares (PV) previa a comercialização de animais de estimação apenas em canis credenciados da cidade. O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), no entanto, vetou o projeto de lei sob a afirmação de que a “Legislação não pode impedir a comercialização dos animais em pet shops”.