Os sucessivos incêndios florestais que assolam a região da Chapada Diamantina desde o dia 26 de outubro estão sendo investigados. Para o chefe substituto do Parque Nacional da Chapada Diamantina, César Gonçalves, combustão é causada pela ação do homem.
“Incêndios naturais são causados por tempestades de raios. Não é o caso. Sabemos que a causa é humana”, disse Gonçalves em entrevista à Agência Brasil.
Segundo Gonçalves, o período entre julho e novembro são mais propensos à incidência de queimadas, mas, este ano, apresenta maior intensidade, sobretudo com o fenômeno do El Niño, que tem causado forte seca no nordeste e dificultado as ações de combate ao fogo.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), da Bahia, 240 homens, entre bombeiros militares, brigadistas voluntários, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente da Bahia, além da colaboração da Força Aérea Brasileira, do Exército e da Defesa Nacional, estão trabalhando para controlar o fogo.
Incêndio não é inédito
Este não é um caso isolado de incêndios sucessivos. É a sétima vez, em 15 anos, que os vales esverdeados da Chapada Diamantina viram cinzas. Este já é considerado um dos três piores desastres deste século no local.
Em toda a Chapada Diamantina, além dos limites do Parque Nacional, o fogo já consumiu a vegetação em aproximadamente 15 e 30 mil hectares, o equivalente a 30 mil campos de futebol.
Os incêndios já afetaram os municípios de Lençóis, Palmeiras, Mucugê, Ibicoara, Jacobina, Jaborandi e Andaraí.
Trilhas fechadas para visitação
As trilhas Pai Inácio-Águas Claras; Pai Inácio-Barro Branco e Conceição dos Gatos-Águas Claras estão em áreas de incêndios, por isso proibidas de serem visitadas.