Com base nos prejuízos que os desastres naturais causaram aos cofres públicos, além dos danos ambientais, o Estado do Paraná tem desenvolvido um projeto que mapeia as áreas com maior risco de sofrer com estes acidentes. De acordo com o site Web Rádio Água, no período entre 2011 e 2014, o estado arcou com cerca de R$ 4,68 bilhões em prejuízo material por conta desses problemas.
A iniciativa tem como principal objetivo a regularização de terras que hoje apresentam grandes riscos à integridade ambiental, além do planejamento socioeconômico e ambiental de toda a região. Desta forma, as autoridades acreditam que poderão evitar grande parte dos desastres naturais, como o deslizamento de terra, por exemplo.
Um dos motivos que levou os paranaenses a tomarem essa decisão foi a análise dos especialistas em cima das alterações climáticas que atingiram toda a região. A instabilidade do tempo desencadeou uma série de consequências para o meio ambiente, que não resistiu às drásticas modificações e acabou cedendo (através de enchentes, secas, incêndios florestais etc.).
Ação quer minimizar prejuízos
Até o momento, um pouco mais de dois mil quilômetros quadrados já foram mapeados pelas autoridades (municípios de Antonina, Morretes, Paranaguá e Guaratuba), contando com o auxílio de uma aeronave com um sensor de máxima precisão. O Programa de Fortalecimento na Gestão de Riscos e Desastres, iniciativa do Projeto Multissetorial da Secretaria de Planejamento, que conta com recursos do Banco Mundial, também tem contribuído para a atividade.
A diretora de Geociências do Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG), Gislene Lessa, explica a intenção do Paraná ao mapear sua extensão territorial: “O objetivo era termos um detalhamento em uma escala adequada de mapeamento de uma área que sofreu graves deslizamentos em 2011. A motivação principal foi em função de que havia uma área grande de abrangência de serra, que teve prejuízos materiais e também humanos.”
A ideia é de que outros setores do Estado do Paraná façam proveito das informações coletadas no mapeamento. Através da ação, a expectativa é de que outros estados sigam o exemplo dado pelos paranaenses e passem a monitorar os seus territórios.