A pesca esportiva é consequência da evolução do ser humano. Considerada a primeira atividade humana, antigamente a pesca era uma atividade de sobrevivência. Com o passar do tempo, o homem foi relacionando esta prática de procura por alimento, com o prazer de capturar o peixe, passando a realiza-la por necessidade e, também, diversão.
Na década de 80 surgiram os primeiros pesqueiros do país com o intuito de realizar o “pesque e pague”, cuja prática consiste em pescar o peixe e levar para consumo próprio, pagando pelo seu peso. Os pesqueiros são compostos por lagos e/ou tanques pequenos e até com grandes dimensões. Carpas, catfish, dourados, lambari, matrinxãs, pacus, piaus, pintados, pirararas, tambacús, tilápias são os peixes mais encontrados.
No “pesque e solte” é necessário pagar pela entrada no pesqueiro e não é permito levar o peixe para casa. O seu benefício vai além do lazer e diversão, é também uma garantia de preservação do meio ambiente e dos peixes que continuarão no habitat. A devolução do peixe para a água garante que as espécies se reproduzam, mantendo seu ciclo de vida, além do contato harmonioso entre o homem e a natureza.
Com o aumento da prática da pesca amadora, tornou-se necessário estabelecer diversas regras para que os peixes fisgados tivessem o devido tratamento. Para isso, o Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros Continentais (CEPTA) e o Centro Especializado do Ibama, com apoio do Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora (PNDPA), realizaram pesquisas sobre a pesca amadora, inclusive a modalidade “pesque e solte”, considerando como isso pode afetar a integridade física dos peixes e suas funções vitais.
No livro lançado pelo Ibama, “Pesque-e-Solte: Informações Gerais e Procedimentos Práticos”, é possível encontrar o resultado dessas pesquisas. Nele contém todas as técnicas para a prática adequada da pesca, desde os equipamentos utilizados até os cuidados com o manuseio do peixe, dentre outras informações.