Na última quarta-feira, dia 19 de fevereiro, pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), instituição vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), anunciaram a descoberta de 169 espécies da fauna e flora na Amazônia. De acordo com os cientistas, entre os anos de 2010 a 2013, foi constatado o surgimento de 14 tipos de vegetais e 155 raças de animais que, até então, não haviam sido vistos ou catalogados pelo homem.
Entre os espécimes inéditos registrados pelos estudiosos estão 112 aracnídeos, 12 peixes, 10 aves, 10 anfíbios, seis répteis, quatro dípteros (grupo composto por moscas e mosquitos) e apenas um novo mamífero, um pequeno macaco batizado com Mico Rondoni. Contudo, o primata, de nome associado ao estado de Rondônia (local onde foi encontrado), já está em risco de extinção devido às atividades de desmatamento realizadas em seu habitat, isto é, as áreas entre os rios Mamoré, Madeira e Ji-Paraná.
Uma das principais instituições de estudos sobre a região amazônica, o MPEG ressalta que o significativo número de seres invertebrados descobertos era um resultado esperado, uma vez que esses indivíduos costumam aparecer em maior quantidade nos ecossistemas. Além disso, quanto aos vegetais, foram inventariadas 13 espécies de angiospermas (classe que abrange desde gramíneos até árvores) e uma de briófita (casta que engloba musgos, hepáticas e antóceros).
Sendo assim, os dados divulgados pelo Museu Paraense Emílio Goeldi comprovam o crescimento da bidiversidade na Amazônia num período de tempo relativamente curto, já que o Catálogo Espécies do Milênio, publicado em 2012, listou 130 novos tipos de criaturas (49 de flora e 81 de fauna) e teve como base pesquisas de 2000 a 2011.