Poucos nomes populares fazem tanto jus a uma cidade como “Selva de Pedra” à São Paulo. Isto porque, de acordo com um estudo realizado pelo Inventário da Biodiversidade do Município de São Paulo, cerca de 1.113 espécies de animais silvestres habitam a capital paulistana.
Iniciado em 1993 na Divisão de Fauna do Departamento de Parques e Áreas Verdes (Depave) da secretaria, o trabalho foi desenvolvido sob o comando da bióloga Anelise Magalhães, que permanece à frente das equipes de registro e pesquisa.
A lista de animais catalogados está dividida em 11 grupos (cinco vertebrados e seis invertebrados), no qual a grande diversidade entre as espécies se destaca como principal característica do documento. Insetos (baratas, formigas, mosquitos e abelhas), peixes, répteis, aves e mamíferos estão presentes em maior número na lista.
Um dos fatos mais interessantes analisados no levantamento é o grande aumento do número de espécies a cada nova edição do documento (1998, 1999, 2000, 2006, 2008, 2010 e 2016). Para se ter uma ideia, em 2010, a quantidade era de somente 700 espécies, sendo superada em mais de 60% nesta última atualização da lista, divulgada ano passado.
Os resultados foram considerados uma grande surpresa para os especialistas, e chamam atenção para a importância das Unidades de Conservação (UC) — sobretudo no que diz respeito à conservação de animais sob risco de extinção. As praças, parques e áreas verdes espalhadas pela Grande São Paulo, têm também grande contribuição no processo, já que influenciam diretamente na qualidade da saúde ecológica da cidade.