Depositphotos.com / originalstoonn Seca.

Sociedades organizadas em torno de uma cultura sofisticada geralmente precisam de uma grande quantidade de recursos para se manter, sendo consideradas por cientistas como frágeis e constantes. É o caso da civilização do século 21, que necessita destes bens para existir. Porém, alguns fatores como esgotamento destes elementos, aumento da população e as mudanças climáticas podem provocar o desaparecimento desses povos, assim como ocorreu com impérios Romanos e Mesopotâmicos. Esta foi a constatação de uma pesquisa recente publicada pela NASA (agência americana de estudos tecnológicos).

O relatório foi fundamentado em um modelo desenvolvido por Safa Motesharrei, matemático da Universidade de Maryland. Ao analisar ciências sociais e políticas ambientais, Montesharrei concluiu que a modernidade não pode livrar o homem do caos e da falta de bens terrestres (alimento, água) e que o processo de fragilização é um fato recorrente encontrado em toda história.

Financiada pelo Goddard Space Flight Center (NASA), a pesquisa lista as causas do possível fim do mundo. O desaparecimento da sociedade poderá surgir da falta de controle básico de recursos hídricos, produtividade agrícola e energia. Além disso, o calor extremo que atingiu a Austrália e América do Sul e o frio rigoroso da América do no Norte nos últimos meses são apontados como precursores do colapso, fatos que dificultaram setores vitais da sociedade, como o desenvolvimento da agricultura.

Depositphotos.com / weerapat Economia.

Fatores econômicos

A economia tem sua parcela de representatividade nesta questão. Quanto maior for a desigualdade social entre as nações, maiores são as chances de um desastre. Se classes pobres não tiverem condição de obter recursos, entrarão em guerra civil com classes de alto poder a fim de conseguirem uma porcentagem do que é adquirido mais facilmente pelas pessoas de poder aquisitivo elevado.

Tendência de consumo

De acordo com o estudo, o desenvolvimento tecnológico da agricultura e indústria tornou possível um aumento de produtividade nos últimos 200 anos. Ao mesmo tempo, entretanto, contribuíram para que a demanda crescesse de forma quase incessante. Atualmente, se todos adotassem o estilo de vida dos norte-americanos, seriam necessários cinco planetas para atender as necessidades de consumo da população. Portanto, segundo Motesharrei e sua equipe de especialistas, é difícil evitar o colapso.

Controle de população e recursos evita problema

O documento ainda ressalta que existem meios de livrar a sociedade de passar por este fenômeno. Isso poderá ser possível se houver políticas de controle de crescimento populacional, distribuição igualitária de recursos naturais e principalmente, a conscientização da sociedade de que não se deve viver dependendo plenamente deles.

Gazeta do Povo Superpopulação