Um estudo publicado na revista Environmental Health Perspectives tem chamado a atenção de pesquisadores e cientistas de todo o mundo. Isso porque, os dados revelam que a poluição do ar na China está ligada diretamente ao menor peso das crianças recém-nascidas.
Para chegar ao resultado, os pesquisadores da Universidade de Rochester acompanharam 80 mil mulheres grávidas em Pequim, desde 2008. Na época, o governo chinês restringiu o uso do automóvel, fechou algumas fábricas e impôs uma moratória sobre projetos de construção civil. A ideia era reduzir a poluição atmosférica, para atender a demanda dos Jogos Olímpicos.
Durante os jogos, a presença de determinados poluentes atmosféricos caiu até 60%. Naquele ano, os bebês registraram pesos maiores dos que os nascidos em 2007. Como as restrições eram apenas temporárias, os problemas relacionados aos recém-nascidos voltaram a aparecer já em 2009.
Desde então, o número de crianças consideradas abaixo do peso ideal, com menos de 2,5 kg, começou a subir. De acordo com estudo, a relação entre o peso do bebê e o nível de poluição é inversamente proporcional. Ou seja, quanto maior a poluição, menor é o peso médio do bebê.
Os dados revelam que os fetos são mais vulneráveis à poluição do ar durante os estágios mais avançados da gravidez. Isso porque, esse é o período principal de desenvolvimento para o sistema nervoso central, cardiovascular e sistemas esquelético.
De acordo com especialistas, crianças que registram menor peso correm maior risco de morrer e são mais suscetíveis a desenvolverem doenças como diabetes ou cardiopatias quando adultos.
Outras cidades também são afetadas
Apesar de a poluição na China ser a mais crítica de todo o mundo, outras cidades enfrentam problemas semelhantes de qualidade do ar. Por isso, é de extrema necessidade que governos estudem maneiras para reduzir a emissão de gases poluentes, principalmente em grandes metrópoles.