Apesar de ser um dos maiores países com cobertura vegetal no mundo, o Brasil perde cerca de 20 mil km² de vegetação por ano devido ao desmatamento. A área desmatada, apenas na Amazônia, nos últimos 50 anos já soma 720 mil km², o equivalente ao território dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina somados.
Como consequência, o desmatamento provoca diversos fatores negativos, entre eles alterações climáticas, perda da biodiversidade e até a desertificação, como vem ocorrendo com o sertão nordestino. Seus efeitos são duradouros e altamente destrutivos sobre as espécies vegetais e animais, e implica diretamente no aquecimento global.
Com raízes históricas, o desmatamento no nosso país iniciou com a exploração da Mata Atlântica na época da colonização portuguesa, com a extração do Pau-Brasil e plantações de cana-de-açúcar e café. A Mata Atlântica é o ecossistema mais prejudicado, já que aproximadamente 93% da mata original foi devastada, um exemplo triste dos efeitos nocivos da expansão urbana. Segundo o jornal Folha Online, em agosto de 2008 especialistas mediram o nível de destruição de florestas na Amazônia e o resultado foi 756 quilômetros quadrados de devastação, o equivalente a metade do território da cidade de São Paulo.
As principais causas do desmatamento no Brasil estão ligadas à exploração madeireira ilegal, pecuária, agricultura, extrativismo vegetal, animal e mineral. Desastres naturais também podem alterar o clima e vegetação, porém não se comparam à atividade humana.
Outro fator importante a ser citado são as represas das usinas hidrelétricas que, embora ajudem a gerar energia para as comunidades, contribuem para o desmatamento. Dezenas de hectares de terras precisam ser inundados para que sejam construídas as usinas, o que pode causar decomposição e liberação de gases, auxiliando no efeito estufa. Essa prática causa impactos ambientais negativos nas regiões e favorece a exploração de madeira e construção de estradas.
O óleo de palma é outra causa relevante no desmatamento das florestas brasileiras, devido a seus múltiplos usos e constante valorização na indústria. Possui grande potencial como biocombustível e também é utilizado na indústria de cosméticos.
De acordo com informações da CNN, o desmatamento causado pela expansão urbana é outro fator importante a ser citado, pois, atualmente, cerca de 50% da população mundial vive nas cidades.