Estendendo-se por cerca de 20% de todo o território nacional, o cerrado brasileiro se distribui por dez estados e possui mais de 10 mil espécies vegetais e uma rica fauna, que inclui animais como a onça-pintada, o tatu-canastra e o lobo-guará. A região possui grande importância no ambiente natural, porém, é elevado o nível de desmatamento de sua cobertura.
Hoje restam apenas 20% de vegetação nativa. A cada década, dados precisos mostraram que o bioma está reduzindo 40 mil quilômetros quadrados. A principal causa é a expansão da atividade agropecuária que pressiona cada vez mais as áreas remanescentes.
Para contornar essa situação, alguns projetos de preservação do cerrado estão sendo desenvolvidos. Um exemplo é o “Semeando o Bioma Cerrado”, que abrange os municípios de Rio Pardo de Minas/MG, Goiânia (região geoeconômica), Alto Paraíso de Goiás e Cavalcante/GO e Brasília/DF. O objetivo é estimular que a cadeia produtiva de sementes e mudas florestais de espécies nativas a se adapte à legislação e adote modelos eficientes de produção para viabilizar programas, projetos e ações que promovam o desenvolvimento sustentável.
A Bunge, por sua vez, mantém parceria com a Conservação Internacional (CI) o Programa de Conservação do Cerrado, o qual visa conciliar produção agrícola com preservação ambiental. O foco do programa são duas regiões, no Centro-Oeste e Nordeste do país: no entorno do Parque Nacional das Emas, entre Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, região de desenvolvimento agrícola bem estabelecido; e no sul do estado do Piauí, onde a expansão agrícola é mais recente.
Já outro projeto de proteção do meio ambiente é o “Águas do Cerrado”. Mantido pela Petrobrás, ele é resultado de um processo participativo que envolve 80 famílias dos assentamentos de Reforma Agrária localizados na região do Vale do São Patrício, em Goiás. O principal objetivo é atuar na recuperação de 35 nascentes, sete córregos e um rio. Além disso, foram desenvolvidas ações de educação ambiental com jovens e adultos e plantadas 15 mil mudas de espécies nativas do cerrado nas Áreas de Preservação Permanente (APP’s).