Na última quinta-feira, dia 16 de janeiro, a cidade de Pequim, na China, registrou índice de poluição atmosférica 26 vezes acima do considerado seguro pela Organização Mundial de Saúde (OMS). As críticas condições da qualidade do ar em territórios chinês são chamadas de “arpocalipse” e foram responsáveis por 1,2 milhão de mortes prematuras em 2010, de acordo com um estudo feito com apoio da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos.
O cenário catastrófico muito se deve a utilização de fontes de energia derivadas de petróleo, que correspondem a 79% da matriz energética do país, segundo o World Resources Institute. Conforme a pesquisa, cerca de 3,3 toneladas de carvão são queimadas anualmente, o que afeta a saúde da população, afinal, aproximadamente 2,1 milhões de pessoas morrem devido a complicações relacionadas à precária qualidade do ar, como alergias, bronquite, asma e doenças cardiorrespiratórias.
As micropartículas de poeira chamadas de PM2,5, que medem somente 0,0025 mm, são consideradas como as principais causadoras de óbitos, uma vez que o material particulado é altamente tóxico e resultante da queima incompleta de combustíveis fósseis, ou seja, processos ligados ao funcionamento de veículos automotores e usinas de carvão.
Especula-se que o “arpocalipse” chinês tenha acarretado o falecimento prematuro de 350 mil a 500 mil pessoas por ano, fazendo a China impor metas de redução de 25% da poluição atmosférica.