Muita gente não sabe, mas os corais são animais cnidários da classe Arthozoa. Existem várias espécies destes seres vivos, os mais conhecidos são os que se agregam formando os recifes. Estas “comunidades” servem de alocação para grandes ecossistemas, se colocando na base da cadeia alimentar dos oceanos. O que acontece é que 75% destes corais estão ameaçados de extinção, justamente por influência do homem.
O principal problema seria o aumento da temperatura e a acidificação dos oceanos, causados pelo efeito estufa. Com este fenômeno, o percentual de dióxido de carbono concentrado na água sobe, o que causa o branqueamento dos corais. O branqueamento ocorre quando os corais expulsam as algas localizadas nos recifes, deixando-os sem a sua base alimentar.
Outros agentes que corroboram para a extinção dos recifes são a sobrepesca, a poluição da água e o desenvolvimento costeiro. Se o cenário não mudar rapidamente, o percentual de recifes em perigo chegaria a 90% em 2013 e quase 100% em 2050. De acordo com a pesquisa Reefs at Risk Revisited, que contou com 25 organizações ambientais, os países com maiores riscos são Haiti, Granada e Filipinas.
Atualmente, os recifes cobrem 0,2% dos oceanos e concentram 25% das espécies marinhas, entre corais, peixes e algas. A sua ameaça de extinção pode causar grande impacto na biodiversidade marinha, desestruturando a cadeia alimentar e prejudicando grande parte da fauna e flora dos mares.
Entre as recomendações feitas por especialistas, esta a criação de áreas de proteção marinha, uma vez que apenas 6% dos corais se localizam em zonas gerenciadas eficientemente. Os recifes de corais protegem cerca de 150 km de litorais de 100 países, em regiões que totalizam mais de 275 milhões de habitantes.