A Revolução Industrial teve início na Grã-Bretanha por volta de 1760. Neste momento, uma série de fatores conjunturais daquela sociedade (crescimento da burguesia, desenvolvimento de áreas urbanas, etc.) fez a produção em massa ganhar força, deixando para trás o modo de produção agrícola e manual. Pela primeira vez na história, com o auxílio da ação humana, máquinas passaram a gerar produtos.
A princípio, esta pareceu ser apenas uma solução capaz de baratear uma série de itens, favorecendo a qualidade de vida da população. Ao espalhar-se primeiro a outros países europeus e posteriormente aos EUA – e depois a todo o mundo – esta lógica acabou criando uma série de desdobramentos não planejados, dentre eles, os impactos prejudiciais ao meio ambiente.
O primeiro ponto de transformação trazido pela Revolução Industrial, com reflexos no meio ambiente, foi a relação entre o homem e a natureza. O progresso trazido pelas máquinas fez emergir um novo conceito de progresso, no qual a aceleração é valorizada, bem como a capacidade humana de se sobrepor aos ambientes naturais. Podemos encontrar também neste momento as raízes do consumismo que, hoje, é um dos principais obstáculos para a preservação do planeta, sobretudo nos países ricos. Lembremos: quanto mais consumo, mais indústrias!
Os resultados tanto do desenvolvimento econômico desenfreado quanto da ascensão do consumo já estão visíveis em centenas de estudos realizados ao redor do planeta: a degradação do meio ambiente é crescente e acelerada, com consequências já visíveis e previsões de cenários ambientalmente catastróficos futuramente, caso nenhuma mudança drástica aconteça.
Existem impactos ainda mais diretos. As indústrias contemporâneas são apontadas no grupo dos principais agentes poluidores, contaminando o ar com a fumaça que provém de suas atividades. Estas emissões aumentam a concentração de CO2 na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global.
Ao longo dos últimos 30 anos, várias conferências entre países industrializados foram organizadas na tentativa de encontrar soluções mais adequadas para um desenvolvimento industrial sustentável, com exploração de recursos naturais feitos de modo controlado e planejado. Embora existam avanços como as regulações e leis que limitam as emissões de poluentes por parte das indústrias, é um grande desafio manter o equilíbrio entre a produção e a conservação ambiental em uma sociedade altamente consumista e praticamente dependente das atividades industriais.