Quando a natureza sofre alterações provocadas pelo homem, os danos podem ser irreversíveis, fenômenos como a perda de variabilidade ou erosão genética de espécies animais e vegetais podem acontecer.
A construção de barragens, estradas e a criação de pastos são exemplos de obras que interferem diretamente no habitat natural, dividem a floresta, modificam o leito do rio e alteram o processo de reprodução dos indivíduos.
Sabe aquela história de que a reprodução humana entre parentes próximos, como primos, pode trazer consequências genéticas? O mesmo acontece com plantas e animais que, quando tirados de seu ambiente, acabam cruzando com grupos entre si, favorecendo a perda de variedade de espécies. Esse é um problema sério que pode levar as espécies à extinção. Sem o cruzamento entre diferentes espécies, a vulnerabilidade fica maior e qualquer alteração mínima no ambiente pode matar todos os animais e plantas de um mesmo grupo.
A variabilidade genética é importante para a sobrevivência das espécies, porque prepara os indivíduos para as adequações necessárias ao longo da vida. Espécies em extinção são as que mais correm risco de desaparecer. O peixe-boi da Amazônia, o tucunaré, o mico-leão-dourado e a planta mogno (comum no sul do Pará) são exemplos disso. O correto seria que a própria natureza estimulasse a migração ou a separação por barreiras, mas como o processo é impositivo, a erosão genética se torna um risco eminente.