© Depositphotos.com / Yaruta Ação integrará a política de resíduos urbanos de São Paulo.

Já parou para pensar na quantidade de resíduos gerados em cada feira livre da cidade de São Paulo? Para onde são levados? O que acontece com o resto de verduras e vegetais das mais de 900 feiras? Se antigamente o destino era o lixão mais próximo, agora a realidade é outra e bem mais positiva. Estes resíduos passarão a ser tratados dentro do conceito da compostagem (já falamos aqui no blog sobre o projeto Composta São Paulo).

Assim como já ocorre em outras capitais do Brasil, como Florianópolis, Santa Catarina, a compostagem passará a ser parte integrante da política de resíduos urbanos de São Paulo. O projeto, ainda em fase piloto, leva a assinatura da INOVA, uma empresa contratada pela administração municipal e que terá a responsabilidade de varrer as ruas onde ocorrem as feiras e de, evidentemente, levar todos os resíduos para compostagem. A INOVA também deverá construir duas centrais de compostagem em áreas abandonadas de antigos aterros sanitários, e ainda sistemas com capacidade de drenagem e com caminhos de acesso até as leiras. O prazo para conclusão das obras é inicialmente de dois anos.

Todavia, a INOVA já realizará a compostagem através de uma das Ecopraças localizadas na Vila Guilherme e que são administradas pela AMLURB. Esta unidade, inclusive, será responsável por receber resíduos das 12 feiras que ocorrem no bairro e nos arredores. Importante também ressaltar que esta compostagem de resíduos de feira tem como principal inspiração o projeto “Revolução dos Baldinhos”, que foi realizado em Florianópolis em parceria com a Cepagro.

Benefícios para a cidade e técnica de compostagem

Segundo o diretor da AMLURB, Antônio Storel, a expectativa é que o produto alcançado pela compostagem seja utilizado na recuperação de áreas abandonadas e em péssimo estado por toda a cidade, como praças e parques.

Para que tudo ocorra conforme o planejado, será empregado o método de compostagem termofílica. Aplicada em leiras estáticas, esta técnica precisa de pouco investimento inicial em termos de infraestrutura e tem início com a separação de resíduos orgânicos (ainda nas áreas das feiras). Na sequência estes resíduos são cobertos com camadas de folhas secas, palhada e cavacos de madeira, ou seja, criando assim um habitat perfeito para fungos e bactérias que degradam a matéria orgânica de frutas, verduras e legumes, parte esta essencial dentro da compostagem.