No último dia 10, foi lançado no Rio de Janeiro, por representantes da Convenção da Diversidade Biológica, um tratado ambiental nacional ligado à ONU (Organização das Nações Unidas), o Anuário da Mata Atlântica. A publicação faz parte de um projeto permanente da ONG Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, criada em 1999, para consolidar, atualizar e disponibilizar informações periódicas sobre o bioma da Mata Atlântica. O relatório foi publicado com a finalidade de estudar o ecossistema e reduzir a taxa atual de perda da biodiversidade.
O documento atual inclui 20 metas divididas em cinco objetivos e também torna possível análises comparativas dos avanços e desafios da conservação, conhecimento científico e tradicional e o desenvolvimento sustentável das florestas desse bioma.
De acordo com Clayton Lino, presidente da ONG, em entrevista ao portal EBC (Empresa Brasil de Comunicação), outra finalidade do documento é integrá-lo à política nacional, para que seja realizado o acompanhamento e a avaliação do cumprimento das metas também pelo Ministério do Meio Ambiente. “Mais do que isso, pretendemos contribuir para criar mecanismos e fomentar ações nacionais e subnacionais, no sentido de cumprir e implementar os objetivos e metas no domínio Mata Atlântica e em suas regiões marinhas adjacentes.”
Segundo Lino, o anuário exibirá ao público a importância da preservação do meio ambiente. “Muitas vezes, a população está afastada das questões ambientais. Queremos realizar ações de integração para montar um mutirão em defesa da biodiversidade”. O documento, no caso, propõe a ilustração do panorama atual da Mata Atlântica, de forma a criar consciência ambiental entre a sociedade.
Carlos Minc, secretário de estado do Ambiente do Rio de Janeiro, lembra que através do anuário todos os setores da sociedade vão ganhar com esse desenvolvimento ambiental. “O Rio tem grande potencial e pode servir de vitrine para todo o Brasil”, acrescentou Minc.
As metas definidas pela Convenção da Diversidade Biológica podem ser consultadas no site da ONG Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. De acordo com as diretrizes do Anuário, até 2020 autoridades ambientais, governos e sociedade civil deverão segui-las à risca em todo o Brasil.