O oxigênio, cloro e outros produtos químicos conseguem diminuir os níveis de poluentes de água encontrada em estações de tratamento, piscinas e tanques de cultivo de peixes. Além deles, o ozônio, devido a sua ação oxidante, é usado no tratamento da água, pois consegue desinfectar em menos tempo de contato com os agentes infectantes e mais rápido do que a ação de outros desinfetantes.
O ozônio também pode ser usado para oxidação de micropoluentes orgânicos, sobretudo aqueles que causam sabor e odor. O elemento pode ser aplicado em diversos segmentos do tratamento de bactérias da água (conhecidas também como biofilme), em centrais de abastecimento hídrico das cidades, no consumo de água em residência, e na aquicultura (criação de peixes). Além disso, o ozônio ainda é usado para purificar a água usada na indústria farmacêutica.
Um aparelho gerador de ozônio, utilizado por uma empresa em São Paulo, realiza o sistema de purificação de grandes aquários. A máquina foi desenvolvida por Samy Menasce, engenheiro eletrônico, em 2005, com um investimento de R$ 100 mil, Naqueles anos, a ideia foi bem aceita no mercado, mas o engenheiro sabia que era preciso modificá-la e aperfeiçoá-la. Ao longo dos anos, fez testes e criou novos modelos.
O equipamento atual se assemelha àquele de 8 anos atrás quando tudo começou, mas na verdade a diferença está na tecnologia. Hoje, os aparelhos são mais eficazes e têm uma variedade enorme de aplicações. “No primeiro equipamento a gente fazia um grama por hora, que é assim que se mede o ozônio. Hoje, nós fazemos 180 gramas por hora com o equipamento e isso nos permitiu nos aventurar até a tratar água de cidade, como hoje começamos a fazer”, diz Menasce ao portal G1.
Como funciona o tratamento de água
O equipamento capta o ar do ambiente, transporta até o reservatório de água e através da reação química transforma o oxigênio em ozônio. O gás, por sua vez, tem alto poder germicida e oxidante. O mesmo processo foi realizado no aquário do Ipiranga, na zona sul de São Paulo. No aquário dos tubarões, “o sistema melhora em todos os aspectos, como a gente levantou, tanto visual, quanto clínico, e quanto do funcionamento do sistema biológico do aquário. O que a gente monta dentro do aquário é como se fosse um microecossistema, o ozônio vem como uma ferramenta para esse microecossistema funcionar bem”, explica Ricardo Cardoso, diretor técnico do aquário ao portal G1.
O tratamento com ozônio também é usado para solucionar problemas ambientais, como a descontaminação de solos, além de eliminar odores de fertilizantes e substituir o cloro na limpeza de piscinas e na esterilização de alimentos e vegetais.