O verdadeiro pulmão mundial está submerso. Ao contrário do que muita gente imagina, a floresta amazônica não é a principal fornecedora de oxigênio do planeta, nem perto disso. As principais responsáveis pelo ar que respiramos são as algas marinhas. Confundidas apenas como um dos ingredientes para o sushi, elas tem importância vital no equilíbrio ambiental.
As algas são organismos uni ou pluricelulares que produzem seu próprio alimento através da fotossíntese, processo que utiliza a luz solar para a produção de energia. Além da produção de energia para a sobrevivência das algas, a fotossíntese também libera ao ambiente o oxigênio que respiramos. Pesquisas apontam que 50% do oxigênio que respiramos é originado justamente de algas microscópicas chamadas de fitoplâncton. Além disso, os fitoplânctons estão na base da cadeia alimentar marinha. Ou seja, sem estas pequenas algas marinhas faltaria oxigênio na atmosfera terrestre e alimento para os seres marinhos.
A importância ecológica das algas não se limita ao fornecimento de oxigênio e alimento, elas podem ser usadas como indicadores naturais da poluição ambiental. Ambientes com grandes quantidades destes organismos, geralmente são pouco impactados, pois algas também são biorremediadoras de águas poluídas.
Outro gás liberado pelas algas é o dimetil sulfeto (DMS), principal responsável pela formação das nuvens. O DMS funciona como um núcleo de condensação, na atmosfera ele atrai as moléculas de água, formando então microscópicas gotículas de água. O conjunto destas gotículas forma a nuvem, quando a gotícula fica grande e mais pesada ela cai na forma de chuva.
A alga é mais uma prova do quão codependente é o meio ambiente do planeta Terra. Um organismo simples e, na sua maioria, microscópico é um dos maiores responsáveis pela vida de seres maiores e bem mais complexos.