O dicloro-difenil-tricloetano, mais conhecido como DDT, foi usado pela primeira vez em 1942, para proteger os soldados nas regiões tropicais e subtropicais da África e da Ásia contra o mosquito transmissor da malária, febre amarela e para impedir a transmissão do tifo por piolhos durante a Segunda Guerra Mundial.
Terminada a guerra, a indústria procurou novas utilizações para o DDT e, assim, ele foi empregado na proteção das plantações contra insetos e para exterminar a malária, entretanto seu uso desenfreado teria tido efeito contrário, pois o mosquito transmissor da doença teria ficado resistente ao inseticida.
De baixo custo, o pesticida foi amplamente usado até que especialistas alegaram que se tratava de um composto organoclorado, ou seja, que possui alta capacidade de se acumular em seres vivos e demora muito para se degradar no meio ambiente, levando cerca de 30 anos para desaparecer completamente da natureza. Altamente tóxico, o inseticida DDT é sintetizado pela reação entre o cloral e o cloro benzeno. Já o ácido sulfúrico funciona como catalisador.
O uso do DDT foi banido em muitos países na década de 1970, e em outros possui rigoroso controle de utilização desde que seja obedecida a Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, em que seu uso é permitido no combate à malária.
Entre seus principais sintomas para a saúde estão: excitação neural direta, resultando em danos no sistema nervoso central, periférico e autônomo; estimulação muscular involuntária; alterações de comportamento; problemas respiratórios; vertigens; confusão; dor de cabeça; arritmias cardíacas e lesões hepáticas ou renais.
Aqui no Brasil, o inseticida foi retirado de circulação em duas etapas. Em 1985 seu uso na agricultura foi cancelado e em 1998 foi proibido em campanhas de saúde pública. Já em 2009, o então presidente Luís Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei de nº 11.936, proibindo a fabricação, importação, manutenção em estoque, comercialização e o uso do DDT em todo território brasileiro.
Você sabia?
A contaminação por DDT pode estar diretamente relaciona à morte de 114 funcionários da Funasa – Fundação Nacional de Saúde – no Acre. Os trabalhadores foram expostos ao inseticida sem nenhum equipamento de proteção ao se embrenharem durante meses na floresta para combater a malária até os anos 1990. Hoje, os sobreviventes lutam na Justiça para provar que foram envenenados pelo pesticida por cerca de 10 anos de trabalhos prestados.