Você sabe qual conjunto de ações integram o saneamento ambiental? A lista é grande: abastecimento e tratamento de água, limpeza urbana, coleta de lixo, esgoto sanitário, drenagem pluvial, disposição sanitária de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Todos esses serviços são para garantir a saúde, o bem-estar físico, mental e social das populações urbana e rural.
A falta de saneamento pode gerar diversos problemas socioambientais, como a poluição de recursos hídricos, contaminação de alimentos, transmissão de doenças (hepatite A, febre tifoide, febre amarela, malária, diarreia, cólera, amebíase) e aumento da taxa de mortalidade infantil.
De acordo com uma pesquisa do Instituto Trata Brasil, ainda existe uma forte associação entre a pobreza, os altos índices de internações por diarreia e a precariedade no saneamento. O impacto disso no Sistema Único de Saúde (SUS) é grande. Só em 2011 foram gastos R$ 140 milhões com internações por diarreia em todo o território nacional, sendo que em 45% dos municípios analisados os mais prejudicados por essa doença foram as crianças. Os dados foram levantados entre 2008 e 2011, nos 100 maiores municípios brasileiros.
O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) 2011 divulgou, no mês de julho, um panorama da realidade brasileira no setor: dos 5.565 municípios espalhados de norte a sul do país, 4.941 forneceram informações sobre o abastecimento de água e 2.925 sobre esgoto sanitário. O atendimento por redes de água atingiu a média nacional de 82,4% da população, e o atendimento com redes coletoras de esgotos chegou a 48,1%. Já o tratamento de esgoto foi o que teve menor índice: 37,5%.