Alguma vez na sua vida, ouviu falar sobre bioluminescência? Um fenômeno que faz com que alguns organismos vivos emitam luz. Parece até uma imagem daqueles filmes do futuro, mas se trata de um evento raro.
Esse fenômeno acontece raramente próximo às praias, sendo visto, normalmente, em alto mar ou perto de embarcações. Mas, se o número de plânctons é grande, também é possível ver as luzes azuis perto da costa.
Quando as ondas batem na areia, o efeito e o brilho são ainda maiores, e por mais que sejam inofensivas aos seres humanos, o exagero das algas não é bom para os peixes, pois o nível de oxigênio da água são diminuídos.
Um exemplo de organismo vivo que passa por este mesmo fenômeno é o vagalume, um inseto que transmite luz. Tal acontecimento acontece em parte dos seres vivos, com exceção dos vertebrados de vida terrestre (como os anfíbios, as aves, os mamíferos e os répteis) e plantas superiores.
Mas, como ocorre esse fenômeno?
A bioluminescência ocorre em variados organismos, como bactérias, fungos, algas, celenterados, moluscos, peixes, e principalmente, no ambiente marinho. Ela é gerada por reações químicas altamente exotérmicas.
No fenômeno acontece uma transformação da energia química em energia luminosa, o que faz com que os seres se iluminem.
Nos insetos, como o vagalume, além de luciferina e luciferase, é preciso ter a presença de ATP (Trifosfato de Adenosina), consumido durante a emissão de luz. Essa é uma reação específica para ATP, não ocorre com outros compostos fodforilados.
Os vagalumes produzem luciferina, que reage com o oxigênio para criar luz, e luciferase, que age como catalisadora da reação, para acelerar. Essa reação é mediada algumas vezes por cofatores, como iões de cálcio ou ATP.
A reação pode ocorrer tanto no interior como no exterior das células, e nas bactérias, a expressão de genes relacionadas a bioluminescência é controlada por um operão, chamado “operão lux”.
O fenômeno chegou em algumas praias, como as: Toyama Bay, no Japão; Ton Sai, na Tailândia; Reethi Beach, nas ilhas Maldivas; Holbox, no México; Mission Bay, em San Diego; Sam Mun Tsai Beach, em Hong Kong e Baía Mosquito, em Porto Rico.
Características da bioluminescência
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É uma emissão ou forma de “luz fria”;
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A bioluminescência não-marinha é raramente encontrada;
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Ela não deve ser confundida com fluorescência, fosforescência ou refração de luz;
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Por fim, algumas formas só existem à noite.